O trabalho de Edgar Martins (Évora, 1977) regista, de modo dominante, interiores de barragens (corredores, túneis e poços, maquinaria vária, salas das máquinas e salas de comando, quadros de controlo, ferramentas de trabalho, feixes de cabos, etc.) e acrescenta-lhes alguns momentos de disrupção, através de algumas escassas imagens dos canais ou lençóis de água que, no interior, alimentam toda a produção elétrica.
Ao pensar as opções de título para o seu trabalho, o artista, procurou encontrar sentido produtivo em The Time Machine e experimentou ainda o enriquecimento desse sentido num complemento de título para esta série como 'An Incomplete and Semi-Objective Study of Hydropower Stations'.
A primeira hipótese revela-nos a operação temporal a que estas fotografias procedem: 'máquinas do tempo', são não só as máquinas das centrais hidroelétricas (seus acessórios tecnológicos e espaços arquitetónicos onde se inserem) são também as câmaras fotográficas com
... que regista e fixa o tempo das outras máquinas.
A segunda hipótese de título indica que estas fotografias (que aceitam o carácter sempre incompleto de qualquer levantamento) revelam um carácter 'semi-objectivo', ou seja, que são pensadas como imagens estéticas e não como documentos históricos.
Comissariado: João Pinharanda
Produção: Fundação EDP / Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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