Exposición en Oporto, Porto, Portugal

Descrições de Imagens

Dónde:
Galeria Pedro Oliveira / Calçada de Monchique, 3 - 4050-393 Porto / Oporto, Porto, Portugal
Cuándo:
09 jun de 2017 - 23 sep de 2017
Inauguración:
09 jun de 2017
Horario:
Tue - Sat • 3pm - 8pm
Organizada por:
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición
Depois de apresentadas na exposição Misquoteros. A Selection of T-Shirt Fronts no MAAT em Lisboa, as trinta pinturas aí visíveis poderão ser contempladas na sua totalidade na Galeria Pedro Oliveira no Porto. Paralelamente serão mostradas pela primeira vez oito novas pinturas que o artista inscreve na mesma série que veio reforçar a certeza do lugar singular que Eduardo Batarda detém no panorama da pintura portuguesa contemporânea. Tanto na série que compunha a exposição Misquoteros, como na série de trabalhos novos, intitulada Descrições de Imagens, Eduardo Batarda revisita algo que marcou de forma indelével a sua prática, isto é a associação tensiva da linguagem visual e a escrita, algo que iniciaria já em 1965, ainda que em contexto formal distinto e distanciado. Sobre formas que remetem para um claro universo auto-referencial, inscrevem-se frases e palavras que são enumeradas num processo de colagem mais ou menos aleatório. A esse propósito, o artista escreveu um ... texto onde é dada “informação técnica” e que no primeiro ponto esclarece: “Misquoteros – A Selection of T-Shirt Fronts é uma colagem/montagem de frases curtas cujo efeito cómico é incerto. A selecção das frases contou com apropriações e foi determinada por um princípio de acaso. O uso de automatismos verbais e de associações «livres» permitiu, uma vez ou outra, a fixação de sequências cujas linhas parecem interdependentes, como se tivessem sido retiradas de um texto comum.” Na verdade, ainda que algumas dessas frases tenham sido retiradas de artigos sobre Picasso, Tiziano e El Greco publicados na New York Review of Books, a maior parte constitui uma amálgama trabalhada de frases feitas, frases ouvidas, frases inventadas, palavras que poderiam encontrar-se num qualquer sanitário público, referências mais ou menos eruditas da web, piscadelas de olho à arrogância e opacidade hermenêutica de algum discurso crítico, ou simples apropriações de discursos orais aleatoriamente escutados. O trocadilho entre Mosqueteros, uma série tardia de Picasso, e misquote (uma citação errada), confluiu no anagrama Misquoteros. O percurso sinuoso entre a obra e a interpretação, a intenção e a recepção, a opacidade e a transparência dos discursos (visuais e escritos) é aqui tratado com a ironia, a corrosividade, o humor e a acidez que caracterizam o percurso de Eduardo Batarda. A sua pintura não é coisa de velhos, como reclama o autor num outro ponto das suas “informações técnicas” anteriormente referenciadas: “No nosso meio, um preconceito enraizado há muito entre artistas e os seus comentadores determina que não se pode esperar dos velhos senão coisas de velhos. Tendo em conta que, para os velhos, o principal assunto é a velhice, conclui-se que aquilo que faço não só é duplamente previsível, como também explicável pela sua suposta inevitabilidade.” Sagaz comentário sobre o meio das artes, inscrição inevitável naquilo que define a possibilidade da pintura se afirmar como actualidade actuante, desvio em ricochete sobre a tal previsibilidade da obra e seus conteúdos, a presente exposição de Eduardo Batarda contraria as dezenas de exposições de velhos precoces que infelizmente povoam o universo das artes visuais contemporâneas. Soubessem esses confrontar-se com as suas dúvidas e certezas como este artista e muito ruído insignificante seria evitado. Eduardo Batarda é um mestre na arte da fuga. A fuga à banalidade, à platitude, ao histerismo da complacência própria. As suas dúvidas, a tensão permanente que emana de uma obra que questiona tanto como se questiona, atribuem-lhe essa cintilação única que justifica o lugar ímpar que ocupa na história da arte contemporânea. Trinta e oito pinturas. 132x98 cm de inteligência visual vertida trinta e oito vezes em sobreposições de formas, cores, letras. Pacientemente, camada sobre camada, deixando por vezes o lastro de hesitações e alterações. Porque aqui se deve essencialmente apreender um processo, mais do que o simples resultado final. Tal como na vida. Miguel von Hafe Pérez Maio 2017

 

 

Entrada actualizada el el 06 sep de 2017

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