Exposición en São Paulo, Sao Paulo, Brasil

Quem nasce pra aventura não toma outro rumo - Obras do acervo Videobrasil

Dónde:
Paço das Artes [ESPACIO CERRADO] / Av. da Universidade, 1 - Vila Universitaria / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Cuándo:
10 oct de 2015 - 10 ene de 2016
Inauguración:
09 oct de 2015 / 19:00
Comisariada por:
Descripción de la Exposición
Artistas: Cao Guimarães (Brasil), Carlos Nader (Brasil), Claudia Aravena (Chile), Clive van den Berg (Zâmbia), Cristiano Lenhardt (Brasil), Gabriel Acevedo (Peru), Geraldo Anhaia Mello (Brasil), João Moreira Salles (Brasil), Karim Aïnouz (Brasil), Malek Bensmail (Argélia), Marcellvs L. (Brasil), Marcelo Gomes (Brasil), Nurit Sharett (Israel), Rita Moreira (Brasil), Sandra Kogut (Brasil), The Otolith Group (Reino Unido). Releitura, à luz do contemporâneo, da produção resguardada pelo Acervo Videobrasil, reúne dezesseis obras realizadas entre 1978 e 2012 por artistas do Sul global. Os trabalhos e o contexto brasileiros inspiram os três eixos da curadoria - Afeições, tempos e estradas; Democracia, documento e ficção; e Fala, escuta e dissenso -, que dialogam com o universo das obras do Festival. O título cita frase da artista Lygia Pape, ao interpelar o crítico Mário Pedrosa em entrevista ao jornal O Pasquim em 1981. A exposição paralela do 19º Festival tem curadoria de Diego Matos, coordenador de Arquivo ... e Pesquisa da Associação Cultural Videobrasil. STATEMENT DA CURADORIA Em 1981, em entrevista concedida ao Pasquim por intermédio de uma série de intelectuais, artistas ou formadores de opinião, Mário Pedrosa ouviria a sentença: "Quem nasce pra aventura não toma outro rumo", proferida pela Pape, que o interpolara logo no início da entrevista. Na virada para os anos 1980, em um momento de crise com o fim das esperanças, frustradas pelo regime militar, e escancaramento, portanto, de um trauma na sociedade brasileira, que até hoje reverbera, o intelectual - provocador, professor e crítico - renovava a crença no papel do artista e do intelectual público, bem como na relação inerente entre arte e política. Com essa perspectiva, a arte, naquele momento histórico e naquele ambiente brasileiro, parecia também resgatar o seu caráter de resistência de maneira mais imediata - e o vídeo, em toda a sua natureza proteiforme, teria, então, esse papel fundamental. É essa aventura e seu lugar de partida, o Brasil e toda a sua ambivalência, que a mostra busca apresentar. Trata-se de um olhar que se impõe do sul ao norte por meio de razões poéticas, de outras histórias e ficções, dos dissensos frente ao campo social normativo, como também de outros lugares - mapeados geograficamente, mas excluídos da cultura hegemônica. São histórias que se entrecruzam e refletem o campo irrestrito da arte e de sua atualidade. O dispositivo para esse exercício de tradução, por ora, é a exposição que torna visível um lugar de fala; ela é, por si só, uma aventura com lastro histórico. Demarcar esse lugar, fincar discursos e estabelecer ritmos e tempos são os papéis que determinadas obras pontuais - aos modos de interlúdios -, de artistas como Cristiano Lenhardt e João Moreira Salles, exercem na aberta narrativa desta curadoria. O primeiro nos situa no âmbito do lugar geográfico, e o segundo, no lugar sensível da arte. Em um arco temporal que vai de 1978 a 2012, 16 obras representam 16 artistas de lugares e vivências distintas, o que não impede, no entanto, de evidenciar o Brasil como lugar de partida de um ciclo que não se fecha. O contexto brasileiro, tomado como eixo norteador, vai ao encontro de outras referências geopolíticas, criando para a exposição três conjuntos, cada um com seu campo temático. Os núcleos foram nomeados em consonância com os aportes trazidos pelos artistas e trabalhos selecionados para esta edição do Festival, ao mesmo tempo em que nomeiam o lugar de partida das produções brasileiras e de como elas dialogam com contextos externos tão dissonantes e, ao mesmo tempo, tão próximos. São eles os rumos desta aventura construída e de muitas outras que serão estabelecidas pelo público.Democracia, documento e ficção conta com os olhares de Geraldo Anhaia Mello, Malek Bensmaïl, The Otolith Group e Claudia Aravena. Afeições, tempos e estradas, o segundo agrupamento e epicentro da exposição, é composto pela dupla Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, os brasileiros Marcellvs L. e Cao Guimarães, e a israelense Nurit Sharett. Em Fala, escuta e dissenso, Sandra Kogut, Rita Moreira, Carlos Nader e Clive van den Berg evidenciam a arena política de diversos debates públicos que afloram nos processos cotidianos da vivência democrática. Incide também naquilo que Jacques Rancière denuncia como a ideia de um "ódio" à própria democracia que parece não ascender à plenitude. Complementam os interlúdios a obra de Gabriel Acevedo e um segundo trabalho de Lenhardt, também da série "Ao Vivo" - mais uma vez, representando a veracidade dos eventos cotidianos, evidenciando a falsa perspectiva de um sentimento de transformação pragmática e técnica. Aos modos de umasinédoque (a personificação das obras e de seus lugares), são os trabalhos que aqui se movimentam pelo próprio caminhar do espectador, criando relações que se sobrepõem. Para cada conjunto ou vizinhança e tempos aqui contidos, são construídos cheios e vazios, conflitos e aproximações, reclusões e espraiamentos. Ao final desta jornada, tomamos permissão para usar as palavras atemporais de Mário Pedrosa ao descrever, no princípio dos anos 1980, os seus objetivos enquanto realizador de exposições e pensador. Como lição, evocamos, então, duas condicionantes fundamentais para os percursos expositivos fundados na memória crítica de um acervo: "mostrar que a arte não é uma coisa artificial, que ela vem do homem, qualquer que seja a tecnologia em que viva. A tecnologia prepara, mas não cria nada, nem ontem nem hoje".

 

 

Entrada actualizada el el 01 oct de 2015

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