Responsável por promover potentes articulações entre os elementos da tradição ocidental e as raízes africanas presentes na cultura brasileira, o pintor, escultor e gravador Rubem Valentim (1922-1991) ganha mostra no MASP a partir do dia 13 de novembro. Concomitantemente à abertura de Sonia Gomes: Ainda assim me levanto, ambas individuais integram o ciclo de histórias afro-atlânticas, eixo curatorial ao qual o museu se dedica em 2018. Com curadoriade Fernando Oliva (Maria Auxiliadora:
vida cotidiana, pintura e resistência, 2018), a exposição fica em cartaz até 10 de março de 2019.
Rubem Valentim nasceu em Salvador (BA), em uma família de poucos recursos, sendo o primeiro de seis filhos. Cresceu tendo contato íntimo com a religiosidade sincrética afrobrasileira: simultaneamente frequentava terreiros de candomblé. Essa ligação, estabelecida desde muito cedo, tanto com os ritos afro-brasileiros quanto com oimaginário das igrejas cristãs, acabou por permear a maior parte de sua obra. “Sua obra é...única na história do século 20, pois desafia o cânone oficial ao oferecer resistência às conceituações simplificadores de suas possibilidades, e não se deixar facilmente incorporar nem por uma nem por outra leitura: o ‘Valentim concretista’ não se deixa apartar do ‘Valentim popular’ e do ‘Valentim religioso’ pois fazem parte de uma mesma percepção de mundo, uma que busca a síntese das experiências, e não sua divisão”, argumenta o curador Fernando Oliva.
Entrada actualizada el el 26 dic de 2018
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