O Museu de Arte Contemporânea de Lima apresenta no Instituto Figueiredo Ferraz uma seleção de sua coleção, a qual até o momento conta com mais de mil obras. O LiMAC, inaugurado em 2002 e constituído como um museu em movimento, trabalha em diferentes lugares e sua base de operação é, em cada caso, nas cidades que o abrigam.
Um museu é, por definição, um espaço destinado a guardar coleções diversas. Como explicar, então, um museu dentro de uma instituição cultural? É possível que um museu exista dentro da coleção de outra instituição? Pode o museu ser parte da obra de um artista e não o inverso?
LiMAC se apresenta como um museu de projetos e, ao mesmo tempo, como um projeto de museu. LiMAC é um projeto cujo propósito é, justamente, o de projetar. Este museu propõe a exposição, mais do que os objetos em si mesmos, das relações entre estes.
LiMAC se...define por si desde suas carências. Em um país onde as instituições culturais são escassas e as galerias e salas de arte substituem o trabalho do museu, se faz necessária uma “máscara” que agrupe todos estes esforços e que agrupe ao mesmo tempo os projetos que não se realizam, os textos que não são publicados, as criticas não impressas.
LiMAC se apresenta como um museu real através das diversas maneiras em que os museus reais chegam à Lima; isto é, os souvenirs, catálogos e impressos gerados pelo LiMAC dão lugar a falsos futuras “lembranças”, a falsas futuras visitas. Objetos e lembranças por sua vez, os do LiMAC se projetam, ironicamente, em duas direções: chegam desde uma experiência passada que não existe e, dado ao seu presente em constante construção, se dirigem a uma futura experiência de concretude inalcançável.
Sandra Gamarra
Entrada actualizada el el 30 mar de 2016
¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?
