Exposición en São Paulo, Sao Paulo, Brasil

Tela Preparada

Dónde:
Sé Galería de Arte [ESPACIO CERRADO] / Roberto Simonsen, 108 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Cuándo:
12 nov de 2016 - 04 mar de 2017
Inauguración:
12 nov de 2016
Organizada por:
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición
Tela Preparada, é a primeira exposição individual de Pedro Victor Brandão na Sé. Com curadoria de Fernando Ticoulat, essa mostra apresenta em sua maioria trabalhos inéditos, cujo ponto de partida é o interesse do artista na crescente influência da tecnologia sobre nossas ações, emoções e formas de organização coletiva. Entre pintura, fotografia, vídeo e objeto, o artista navega entre o low- e o high-tech para questionar o estatuto da imagem, bem como explorar o impacto da cibernética e seu efeito colonizador no corpo e na psique. Trata-se de uma investigação sobre a experiência humana contemporânea e as estruturas biopolíticas digitais que a rodeiam num momento marcado pelo quadro de crise contínua. A vídeo-instalação Monocromo, desenvolvida com o apoio da Cité Internationale des Arts e da Cidade de Paris, em 2012, reflete sobre o uso de televisores e a artificialidade da construção de imagens nos centros urbanos. Considerando as múltiplas maneiras ... que a internet molda nossos relacionamentos sociais e comerciais, Pedro Victor Brandão aborda com apurado espírito crítico as interfaces que mediam o vasto universo de zeros e uns, bits e bytes do espaço virtual. Historicamente, novas tecnologias, inclusive o computador, eram entendidas como extensões do nosso corpo, verdadeiras ferramentas protéticas que visavam facilitar o que o corpo humano já era capaz de fazer. O carro, por exemplo, apenas acelera o deslocamento do corpo entre dois pontos, mas a capacidade de locomover-se entre eles já era garantida pelas nossas pernas. Os desenvolvimentos tecnológicos recentes se afastaram deste paradigma. Fomos invadidos por eles e agora vivemos dentro da máquina: um espaço virtual onde nos projetamos e habitamos. Pelo fato destes artefatos serem inanimados, podemos supor que eles não podem criar determinados tipos de comportamentos. Contudo, é um grande equívoco perceber as tecnologias como livres de intencionalidade e consequências. Cada ferramenta oferece aos seus usuários uma maneira específica de ver o mundo e interagir com os outros, de acordo com os valores e aspirações – benignas ou malignas – depositadas em cada uma delas. Em suas pinturas a óleo com impressão silkscreen, o artista cita trechos do manual de uma SmartTV que admite condições de uso espantosas. Uma delas é exemplar em demonstrar a intrusão sem precedentes de nossa intimidade neste novo ambiente. Caso o usuário habilite o reconhecimento por voz que permite a interação com a televisão, ele automaticamente autoriza a empresa a transmitir os dados captados para serviços terceirizados que converte voz em texto, incluindo informações pessoais e confidenciais. Investigando as funções e possibilidades de telas sensíveis ao toque, softwares e aplicativos, em detrimento da ilusão e fetichização das novas tecnologias, Pedro Victor Brandão estimula a conscientização do público acerca dos atuais mecanismos hegemônicos de controle, vigilância e distribuição de imagem e imaginários. Mais do que mera denúncia ou comentário crítico sobre esta situação, o artista revela de maneira poética e perspicaz as insuficiências lógicas da máquina ao mesmo tempo que propõe formas de resistência a partir de seus próprios recursos, como um poderoso antídoto social. Não há, entretanto, respostas ou um resultado final, apenas a articulação de novos enunciados que contribuem para a formação de um horizonte sensível fora do senso comum. Sobre Pedro Victor Brandão Pedro nasceu no Rio de Janeiro (1985), onde vive e trabalha. Desde 2003 o artista e autor desenvolve trabalhos em fotografia, vídeo, texto, e experimento sociais. Suas séries são criadas a partir de diferentes paisagens politicas envolvendo áreas como direito à cidade, cibernética social, propriedade e autoria; e os limites legais da arte. O aspecto principal da sua pesquisa é a relação entre imagem e verdade, apontando para questões sobre a natureza manipulável do meio fotográfico. Também se interessa pelas políticas de vigilância em massa e seus efeitos na subjetividade. Desde 2011 pesquisa sobre a financialização da nossa presença virtual e a materialidade de sistemas autossustentáveis. Pedro é graduado em Fotografia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA, Rio de Janeiro, 2007-2009) e atendeu aos cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro, entre 2005 e 2010; e em 2015). Seus trabalhos foram mostrados em várias instituições nacionais e internacionais, como Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Casa França-Brasil (Rio de Janeiro), SESC Vila Mariana (São Paulo), Portas Vilaseca Galeria (Rio de Janeiro) e Niklas Schechinger Fine Art (Hamburgo, Alemanha). Fez residência pelo Lastro Centroamérica (Cidade do Panamá, Panama, 2015), Z/KU – Zentrum für Kunst und Urbanistik (Berlim, Alemanha, 2014), Halfmannshof (Gelsenkirchen, Alemanha, 2013), Terra UNA, (Liberdade, Minas Gerais, Brasil) e Cité Internationale des Arts (Paris, França, 2012). Entre 2007 a 2015 colaborou com vários coletivos (Laboratório Tupinagô, OPAVIVARÁ!, Epistomancia e Agência Transitiva). Sobre a Sé A Sé abriu suas portas em abril de 2014, no centro histórico de São Paulo. Localizada na primeira rua da cidade, num casarão de 1890 que abrigou o primeiro cartório municipal, o prédio é hoje um hub criativo que abriga dois projetos distintos na área das artes plásticas: A Sé, galeria de arte e o Phosphorus, espaço focado em residências artísticas. A casa abriga ainda um terceiro projeto, a Casa Juisi - acervo de roupas vintage para pesquisa e locação. Idealizados pela artista, produtora e curadora independente Maria Montero, a Sé compartilha com o Phosphorus cerca de mil metros quadrados da casa, ocupando de maneira elástica o espaço que contém ateliê, salas expositivas, acervo, cozinha experimental, jardim e área de convivência. A galeria surgiu num momento importante de revisão do pensamento contemporâneo e seu modus operandi. Com uma proposta inovadora a Sé foi concebida em formato colaborativo em parceria com os artistas representados, privilegiando o acompanhamento crítico, o fomento e articulação de redes. Busca, através de suas atividades, formar novos públicos para artistas e obras que expressem uma visão conceitual atual, experimental e processual de arte contemporânea.

 

 

Entrada actualizada el el 25 ene de 2017

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