Daniel Caballero registrou imagens de terrenos em tranformação, inseridos ou à beira da malha urbana. Com esta motivação de partida, a fotografia, por sua natureza documental, poderia ser a escolha mais óbvia. Mas sua abordagem não tem qualquer sentido de ativismo ou denúncia e por isso dispensa a veracidade da foto, em vez disso, ele elegeu o gesto como seu instrumento. É importante o seu envolvimento físico, presente, laborioso, demorado e reminiscente da própria coisa retratada. Esta escolha é carregada de significados, pois preenchendo folhas e mais folhas com diminutas pinceladas, o seu trabalho ganha a dimensão de uma comunhão, de um tributo à paisagem que desaparece. É ainda um refazer ontológico, por conta do uso da própria terra do local como único pigmento da tinta que ele mesmo prepara e utiliza. As folhas são numeradas como lotes e podem ser adquiridas como obras de arte, ou como terrenos, áreas feitas de terra, simplesmente.
Entrada actualizada el el 03 jun de 2014
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