A melancolia pertence a quem se desliga, por instantes, do domínio espácio-temporal e realiza incursões em zonas insondáveis, que gradualmente são incluídas na escala individual. Na série Ongoing Landscapes, Luisa Cunha reconhece a premência de objetualidade que tal investida comporta, aquando da inclusão de resquícios de vida terrena aonde a evanescência atmosférica cobre todo o espaço alcançável. Despontando pontualmente da vastidão incomensurável do céu, o enublado passageiro fornece consistência visual ao campo do diáfano e, por acréscimo, devolve escala a breves apontamentos em que o geológico, o vegetal, o tectónico e o humano amiúde se confundem. Os elementos terrenos são tidos por sombras que, de imediato, adquirem um estatuto objetual para, de novo, ser diluída a sua nomeação - ecoando a condição de um ecrã cujos tons de cinza denotam a consciência de que apenas a sombra do infinito é passível
... de ser inscrita no dispositivo fotográfico.
Consciente da impossibilidade de fixação - do inumano e do humano -, Luisa Cunha subverte a natureza da fotografia, ao tomar a sucessão das paisagens como referencial de uma turista empenhada em esquecer os nomes daquilo que perscruta vezes sem fim.
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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