Com interlocução do curador Leonardo Araujo Beserra, a obra pretende reconstituir — de forma quase detetivesca — a cronologia dos 33 anos de vida do artista, a partir de sua dimensão em aparência mais contingente: a de seus resíduos materiais.
Há tempos, Jablonski vem catalogando exaustivamente todos os seus pertences fora de uso, acumulados arbitrariamente desde seu nascimento até o presente dia. Os mais de 3000 itens vão desde roupas velhas a fotocópias de textos de faculdade, passando por objetos de cozinha, livros, catálogos, até fotografias de família e contas, recibos e boletos. Para além da esfera do consumo, esses objetos também servem como poderosos suportes narrativos.
Preferências musicais são gravadas em fitas cassetes e filmes favoritos em VHS. Ideias são registradas em guardanapos, hábitos alimentares em listas de compras e amores em cartões postais. Alguns objetos, ao contrário, evocam a lembrança de quem os ofertou, como brinquedos, roupas, relógios, e até...mesmo móveis. Outros trazem ainda nomes próprios impressos e atestam algo sobre eles, como cartas, e-mails, boletins escolares, contas de luz, laudos médicos e passaportes.
Entrada actualizada el el 07 nov de 2018
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