Exposición en Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

A modernidade impressa - Artistas ilustradores da Livraria do Globo - Porto Alegre

Dónde:
Museo de Arte de Río Grande do Sul Aldo Malagoli - MARGS / Praça da Alfândega, s/n / Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Cuándo:
25 jun de 2016 - 21 ago de 2016
Inauguración:
25 jun de 2016
Horario:
De terça-feira a domingo, das 10h às 19h
Precio:
Entrada gratuita
Comisariada por:
Descripción de la Exposición
Segue para visitação até 21 de agosto a exposição A MODERNIDADE IMPRESSA - Artistas ilustradores da Livraria do Globo - Porto Alegre, fruto da pesquisa e do livro homônimo(Ed. UFRGS, 656 págs., R$ 180,00), de autoria da jornalista e historiadora da arte Paula Ramos. O evento acontece na pinacoteca do Margs. Contemplada pelo edital Petrobras Cultural 2012 - Memória das Artes, a obra tem patrocínio da Petrobras. A mostra contempla telas e imagens dos principais artistas ilustradores atuantes na Livraria do Globo ao longo da primeira metade do século XX: João Fahrion, Edgar Koetz, Nelson Boeira Faedrich, Sotero Cosme, João Faria Viana, João Mottini, Gastão Hofstaetter, Roswitha Wingen-Bitterlich, Vitório Gheno e Ernst Zeuner. Serão exibidos originais para ilustrações, imagens impressas, cartazes, desenhos, gravuras e pinturas. Elas são oriundas de coleções públicas (Margs; Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre; Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS) ... e privadas (Fundacred; coleções particulares). A visitação ocorre sempre de terça-feira a domingo, das 10h às 19h, com entrada franca. SOBRE O LIVRO O livro aborda a história da Livraria do Globo a partir de sua produção gráfica, enfatizando os artistas ilustradores que trabalharam na legendária Seção de Desenho da empresa, na primeira metade dos século XX, sob a gerência do designer alemão Ernst Zeuner (1895-1967). Entre eles, alguns dos principais nomes do cenário artístico local: Sotero Cosme (1905-1978), João Fahrion (1898-1970), Edgar Koetz (1914-1969), Nelson Boeira Faedrich (1912-1994), João Faria Viana (1905-1975), João Mottini (1923-1990) e Vitório Gheno (1923). Esses artistas criavam capas, ilustrações, vinhetas, identidades visuais, num trânsito entre artes visuais, artes gráficas e design. Suas imagens, de grafismo irreverente, forte apelo cromático e composições que dialogam com a linguagem dos cartazes, exalam frescor e modernidade e estão entre as mais arrojadas do período, indicando que a modernidade visual iniciou, no Rio Grande do Sul, pela imagem impressa. Em grande formato (30 x 24 cm), com 656 páginas e 1.368 imagens, o livro tem coordenação editorial, pesquisa e texto de Paula Ramos; produção executiva e produção gráfica de Gilberto Menegaz; reproduções fotográficas de Fabio Del Re e Carlos Stein; projeto gráfico de Sandro Fetter e de Paula Ramos. São cinco capítulos, assim estruturados: [1] A Livraria do Globo, contemplando o surgimento da empresa, em 1883 - sob direção de Laudelino Barcellos e, na sequência, de José Bertaso - até a década de 1920, quando ganham fôlego os empreendimentos editoriais, sob direção de Mansueto Bernardi; são abordados os lançamentos literários da geração de 1920, de autores como Augusto Meyer, Theodemiro Tostes, Vargas Netto e Darcy Azambuja, passando pela criação da Revista do Globo, em 1929; também é apresentada a Seção de Desenho, estruturada no final da década de 1920 e que contou, durante décadas, com a direção do designer alemão Ernst Zeuner; [2] A Revista do Globo, capítulo dedicado à história do "quinzenário de cultura e vida social", lançado em 1929 e que circulou até 1967, divulgando as "coisas do Sul"; é discutido o surgimento da publicação, no âmbito das mudanças políticas no cenário brasileiro, culminando com a Revolução de 1930; também são exibidas dezenas de ilustrações e capas, evidenciando o imaginário de modernidade nas páginas do magazine; [3] A Seção Editora contempla os investimentos editoriais da Livraria do Globo a partir do início da década de 1930, com a criação da Seção Editora, dirigida por Henrique Bertaso, tendo como conselheiro editorial Erico Verissimo; neste capítulo, são apresentadas as principais coleções literárias da empresa, tais como Amarela, Universo, Nobel, Tucano, Biblioteca dos Séculos, entre outras, bem como a linguagem gráfica empregada em cada uma delas; [4] O fabuloso universo dos livros infantojuvenis tem como foco os títulos dedicados às crianças e aos adolescentes, com seu colorido vicejante e único; ênfase para a Biblioteca de Nanquinote, idealizada por Erico Verissimo, e para a Coleção Cinderela, que lançou, em edições referenciais, Contos de Andersen, em cinco volumes, e Contos de Grimm, em dois tomos; [5] A tessitura da imagem, capítulo final, discute o processo da ilustração e o encontro de paisagens e experiências entre escritor e ilustrador. São analisadas, neste segmento, três grandes obras ilustradas com selo Livraria e Editora Globo:Tiaraju, de Manoelito de Ornellas, com imagens de Edgar Koetz; Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto, interpretado por Nelson Boeira Faedrich; Noite na taverna, de Álvares de Azevedo, com desenhos de João Fahrion. Ao final, apresentação das referências, fontes e acervos consultados, bem como índice onomástico. Resultado das pesquisas de Mestrado e de Doutorado da autora, desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS, o livro é publicado pela Editora UFRGS, tem patrocínio da Petrobras e foi agraciado pelo edital Petrobras Cultural 2012 - Memória das Artes. SOBRE A LIVRARIA DO GLOBO Quando se fala em "Globo" nos dias de hoje, pensa-se instantaneamente nas Organizações Globo, conglomerado da área da comunicação estruturado pelo jornalista Roberto Marinho, no Rio de Janeiro. Entretanto, ao longo de décadas, a marca "Globo" esteve relacionada a outro cenário: Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Surgida em 1883 como uma modesta papelaria junto à antiga Rua da Praia, a Livraria do Globo (mais tarde, Editora Globo) foi não somente uma das mais prósperas empresas sulinas do século XX, como revolucionou o cenário editorial e a linguagem gráfica brasileira. Foi a Globo que traduziu pela primeira vez para o português autores fundamentais como Thomas Mann, Virginia Woolf, Aldous Huxley, Somerset Maugham e William Faulkner. Também foi a Globo que revelou escritores como Erico Verissimo, Mario Quintana, Augusto Meyer e Dyonélio Machado. Entre seus grandes investimentos editoriais, estão a edição da Comédia humana(1946-1955) de Honoré de Balzac, publicação em 17 volumes considerada um marco editorial brasileiro. A Globo teve mais de dez coleções, todas de imenso sucesso, a exemplo da Coleção Amarela, com os títulos de suspense assinados por nomes como Edgar Wallace e Agatha Christie; a Coleção Universo, com o semprebest-seller Karl May e suas histórias com índios e bandoleiros; a Coleção Nobel, pela qual saíram os principais nomes da literatura internacional, como Marcel Proust, James Joyce e Joseph Conrad; a Coleção Tucano, iniciativa no formato pocket, entre outros vários títulos. Foram mais de dois mil títulos, que fizeram da editora, entre as décadas de 1930 e 1940, a segunda maior do Brasil. A Globo também publicou revistas: Revista do Globo (1929-1967), A Novela (1936-1938) e Província de São Pedro (1945-1957), esta última importante veículo de intercâmbio entre intelectuais sulinos e de outras regiões do país. SOBRE A AUTORA Paula Ramos (Caxias do Sul, RS, 1974) é crítica e historiadora da arte, professora e pesquisadora do Instituto de Artes da UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando nos cursos de graduação em História da Arte e Artes Visuais, bem como no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV/UFRGS). Jornalista de formação (UFRGS, 1996), com Mestrado (PPGAV/UFRGS, 2002) e Doutorado (PPGAV/UFRGS, 2007) em Artes Visuais, ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte, tendo realizado Estágio Doutoral junto à Kassel Universität, na Alemanha (2005). Foi repórter especial e editora da revista Aplauso, publicação voltada à cultura no Rio Grande do Sul, entre 1998, ano de seu surgimento, até 2004. É autora e organizadora de várias obras no segmento das artes visuais, com destaque para: A madrugada da modernidade (Porto Alegre: Editora UniRitter, 2006), A fotografia de Luiz Carlos Felizardo (Porto Alegre: FestFotoPoA, 2011), Beatriz Balen Susin - Transfigurações do real (Porto Alegre: edição do autor/Fumproarte, 2011), Frantz - O ateliê como pintura (Porto Alegre: edição do autor/Fumproarte, 2011), Walmor Corrêa - O estranho assimilado (Porto Alegre: Dux; São Paulo: Livre, 2015). Integrou a Comissão Editorial que coordenou a publicação Pinacoteca Barão de Santo Ângelo - catálogo geral 1910-2014 (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2015), obra que documenta e historiciza o acervo de 1.485 obras integrantes da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS, uma das coleções públicas mais importantes no segmento de artes visuais no Estado. Assina várias curadorias de arte moderna e contemporânea, muitas das quais agraciadas com o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas - Categoria Curadoria. Membro do Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), da Associação Nacional dos Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP), da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA), bem como da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA). Vive e trabalha em Porto Alegre (RS).

 

 
Imágenes de la Exposición
Armando Kuwer, 1957

Entrada actualizada el el 04 jul de 2016

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