Como os pintores italianos do quattrocento, o artista José de Souza Oliveira Filho tomou de empréstimo o nome da cidade do seu nascimento, a pernambucana Macaparana. Apesar desse nome bastante musical lhe ter sido amigavelmente atribuído por seu amigo o artista Antonio Maluf e o historiador da arte Pietro Maria Bardi, Macaparana manteve-se fiel à sua origem, filho de alfaiate. Com um senso de espaço tão vigoroso quanto o plano de padrão de uma vestimenta, de forte construção mental, seu trabalho tem como ponto de partida materiais como o papel e o papelão, suportes favoritos do artista, e que lembram, mais uma vez, sua origem: o avô do artista que era fabricante de malas de papelão.
Ao longo dos anos, Macaparana desenvolveu um trabalho que se liberta da segunda dimensão e torna-se uma escultura de metal, ou então transmuta-se em painéis de madeiras pintados, cortados, entalhados e perfurados, ocupando as paredes...de museus e galerias.
Quando lancei o desafio a Macaparana de iniciar uma série de doze grandes desenhos, que ele nunca fizera antes, homenageando artistas que o acompanharam durante toda sua vida ele respondeu sem hesitação: “Fantástico!”.
Entrada actualizada el el 30 ene de 2019
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