Em Base Layer, sua instalação de carpete site-specific para o Boiler Room na Galeria Jaqueline Martins - Bruxelas, a artista brasileira Ana Dias Batista afirma resistir à "adição de informações estranhas (materiais ou discursivas) ao espaço" e, no entanto, acaba transformando-o. Seu procedimento é de saturação.
"Trabalho com um único material, baseado no revestimento do piso existente, e o emprego de uma única maneira - revestindo todas as paredes e contabilizando, por meio de recortes, cada uma de suas características: suas várias portas trancadas, prateleiras vazias, interruptores de luz de grandes dimensões, diferentes tipos de luminárias elétricas, o aquecedor, partes de um sistema de alarme, canos, vigas. Nada está faltando, e não há sobras". De fato, cada recorte é incorporado à instalação, seja desdobrando-se da parede, deitado no chão ou pendurado em estruturas existentes.
O artista explica que o título, Base Layer, uma expressão usada para roupas íntimas térmicas, ressoa em alguns...dos recortes de carpete menos ortodoxos e também aponta para o fato de que a instalação parece acolher outras camadas, talvez outras obras de arte. "De qualquer forma, sua solução de material único e abrangente deve proporcionar um ambiente imersivo, semelhante a uma caverna e ligeiramente sinistro a esse intrincado espaço do porão, transformando-o em um caminho misterioso".
Entrada actualizada el el 31 oct de 2023
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