O trabalho de Irma Blank nasceu da experiência perturbadora da mudança do seu país natal, a Alemanha, para o do seu marido, Itália. Leitora ávida e amante da língua, aí descobriu que “não existe a palavra certa” e começou a trabalhar na sua primeira série de Eigenschriften (“auto- escritos” ou “escritos por si própria”). A artista, que utiliza o seu próprio corpo, gestos, presença e respiração como ferramentas, considera que todo o seu trabalho é autobiográfico e uma forma de escrita encarnada universal. Na sua obra encontra-se uma interseção entre as representações linguística e visual, na medida em que procura uma forma de purificar a linguagem, libertando-a de significado. A linha, por tradição um instrumento do desenho, serve aqui para desprover a palavra de conteúdo e criar uma transmissão universal.
Blank abrange todos os períodos de produção de Irma Blank, das primeiras séries aos trabalhos mais recentes, com atenção especial aos...livros feitos à mão. Tal como aconteceu com tantas outras mulheres da sua geração, a sua obra foi ignorada durante demasiado tempo, estando agora a receber, finalmente, a atenção que merece.
Entrada actualizada el el 12 jun de 2019
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