Exposición en Rio de Janeiro, Brasil

Bângala: Yakã Ayê

Dónde:
A Gentil Carioca / Rua Gonçalves Ledo, 11 e 17 sobrado - Centro / Rio de Janeiro, Brasil
Cuándo:
28 nov de 2015 - 01 ene de 2016
Inauguración:
28 nov de 2015
Comisariada por:
Organizada por:
Descripción de la Exposición
Coletiva com curadoria de Yuri Firmeza e Uirá dos Reis. Alexandre Vogler André Parente Adriele Freitas + Juliane Peixoto Arthur Scovino Chico da Silva Dalton Paula Francisco de Almeida Frederico Benevides Henrique Viudez Joacelio Batista Leonardo Mouramateus Luciana Magno Marina de Botas OSSO OSSO Paulo Nazareth Randolpho Lamonier Rodrigo Martins Romy Pocztaruk Ronald Duarte Samuel Tomé Sérgio Borges Sérgio Gurgel Simone Barreto Solon Ribeiro Thiago Martins de Melo Victor de Castro Victor de Melo A Língua que Delira Dos muitos sentidos de Bângala, da língua minoritária Bantu ao governador da Angola, o que mais nos interessa é aquele apontado por Ana Miranda em “Musa Praguejadora – A Vida de Gregório de Matos”, qual seja, Bângala significa pau duro em língua Bunda. O mesmo procede com Ayê, palavra da língua Yoruba que, entre as variações de tradução (e toda tradução é transcriação) nos convoca a pensar o sentido de terra ou vida. Yakã, talvez a mais certeira das palavras, significa Rio em Guarani. Bângala: Yakã Ayê seria assim, longe de um elogio ao falocentrismo, uma ode as vidas vividas num ... caudaloso fluxo. Asseguradas as peculiaridades de cada língua, criamos aqui uma situação onde estas línguas se toquem numa operação crítica ao regime de sobrevidas. Nos interessa pensar a inexatidão e o deslize deste título como algo próprio daquilo que norteou esta curadoria. Como se a um plano totalizante, o respeito a gramática, as legislações e aos delineios assertivos, as obras aqui se contrapusessem numa espécie de glossolalia. Ou seja, obras e curadoria que privilegiam aos relações diferenciais em detrimento dos termos; que diz mais respeito à sintaxe do que aos aspectos léxicos. E, assim, fazer delirar a língua numa espécie de desmonte das armadilhas dominantes que se inscrevem aí mesmo, na língua, como bem nos lembra Roland Barthes: “Esse objeto que se inscreve o poder, desde toda eternidade humana, é: a linguagem – ou para ser mais preciso, sua expressão obrigatória: a língua. A linguagem é uma legislação, a língua o seu código. Não vemos o poder que reside na língua, porque esquecemos que toda língua é uma classificação, e que toda classificação é opressiva: ordo quer dizer, ao mesmo tempo, repartição e cominação. Jakobson mostrou que um idioma se define menos pelo que ele permite dizer, do que por aquilo que ele obriga a dizer (…) toda língua é servidão e poder”. A Língua Geopolítica Em outro registro, é impossível não recordarmos de que existem cerca de 500 línguas só na America do Sul e mais de 200 línguas, além do português, faladas no Brasil. Ailton Krenak nos lembra da escassez de literatura indígena publicada no Brasil, todas amortizadas pela língua portuguesa. E mais, seguindo com Krenak, “Hoje acho que não tem quase aldeia nenhuma que não tenha escola da rede de educação no Brasil instalada lá dentro da aldeia (…) onde o português é uma das línguas obrigatórias dentro de sala de aula, em alguns casos é a única língua. (…) Nós estamos experimentando várias camadas de colonização simultaneamente. Ao mesmo tempo que você é convidado a ter uma escola dentro de sua aldeia, você também é convidado a esquecer todo o repertório de sua cultura e começar a atualizar seu repertório para negociar as condições da sua sobrevivência”. A crítica cáustica estende-se à instituição que comumente é evocada em tom salvacionista: a educação é o futuro do mundo ! No depoimento de Krenak, de uma só vez todo o proselitismo de um projeto educacional vem à tona como manutenção de uma suposta ordem do mundo. Projeto de poder, intolerância ao que difere e reiteração do modus operandi, eis as possíveis armadilhas da educação e, claro, da arte. Que língua falamos? A língua que baila. E, que ao bailar, põe todo o entorno num caldeirão glossolálico, sem formas pré-estabelecidas, sem nomes próprios, sem identidades. Uma língua que funda o que fala enquanto fala daquilo que funda, como um ato performativo que inventa mundos e produz voragens. Yuri Firmeza e Uirá dos Reis

 

 

Entrada actualizada el el 02 oct de 2016

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