Exposición en Lisboa, Portugal

Bodies of Resistance

Dónde:
Galería Pedro Cera / Rua do Patrocínio, 67 E / Lisboa, Portugal
Cuándo:
10 nov de 2023 - 13 ene de 2024
Inauguración:
10 nov de 2023
Precio:
Entrada gratuita
Organizada por:
Enlaces oficiales:
Web 
Documentos relacionados:
Descripción de la Exposición
A Galeria Pedro Cera tem o prazer de apresentar Bodies of Resistance, uma exposição coletiva que inclui trabalhos novos e anteriores de Eva Koťátková, Mai-Thu Perret, Manuel Chavajay, Mónica Mays, Nora Aurrekoetxea, Sara Graça, Wynnie Mynerva e Xie Lei. Desde há séculos que o corpo e a sua experiência coletiva são palco de discurso político, lutas e regulação, o centro de atenção do poder político, da ideologia e do controlo. Uma das formas utilizadas pelas sociedades modernas para exercer poder e controlo sobre as populações consiste em gerir os seus aspetos biológicos e fisiológicos, estabelecendo uma relação direta entre o poder, o conhecimento e o corpo na sociedade contemporânea, um dos mais poderosos instrumentos de controlo societário e governação moderna. Um sentido de identidade fragmentado veio substituir a ideia de um eu estável, unificado, típico do período pré-moderno. O corpo foi transformado numa entidade complexa e multifacetada, moldada pelas mais diversas influências ... sociais, culturais e tecnológicas. Estes corpos transformados, fragmentados ou mesmo ausentes, apesar da vulnerabilidade que os permeia, serviram como um poderoso instrumento de resistência à interpretação de narrativas históricas estabelecidas e doutrinas políticas dominantes, abrindo caminho a novas economias e a novos modos de pensar, de estar e de organização social. Situada num futuro pós-apocalíptico, a exposição apresenta trabalhos que tomam o tópico do corpo como ponto de partida. Imaginando um futuro expansivo do corpo, a exposição procura emancipar o corpo da padronização e categorização. Hierarquias definidas por género, sexualidade, raça ou classe social, são tornadas obsoletas. Representados no limiar da abstração, como acontece com as pinturas de grandes dimensões de Wynnie Minerva e de Xie Lei, ou em vários estados de transgressão, estes corpos rejeitam o controlo e o consumo, transpondo os violentos limites do binarismo sexual e abrindo caminho para a transformação social. O envolvimento profundo do corpo na natureza normativa do nosso ambiente social traduz-se também na obra de Eva Koťátková. Focando-se no lado da sociedade presumido como frágil, neste caso nos animais que habitam o oceano, a escultura de Koťátková representa o corpo de um polvo num estado de transição. A escultura mole, que lembra um traje de fantasia, é um contentor a ser habitado, um abrigo que protege, uma criatura vulnerável com uma identidade fluida. Enfatizando fortemente o comportamento emocional do corpo, que se manifesta na materialidade e na colocação da escultura, a obra escrutina aspetos emocionais da interação entre espécies. Os estados emocionais de corpos atípicos, o seu amor e os seus desejos, são também o tema das duas esculturas de Nora Aurrekoetxea. Apesar da sua tipologia abstrata, o comportamento relacional das peças de Aurrekoetxea sugere a sua natureza animada e experiencial, localizada no encontro entre materiais e emoções, e na linguagem gerada pela combinação e tratamento dado a esses mesmos materiais. Apesar de ambíguos, estes corpos atípicos reivindicam e recuperam os seus direitos, abrindo portas a narrativas alternativas, tal como o fazem os corpos invisíveis canalizados pelas cerâmicas artesanais de Mai-Thu Perret, pelas cortinas de contas de Sara Graça ou pelos potes de barro de Manuel Chavajay. Estas relíquias inventadas, que amalgamam práticas tradicionais, artesanais e espirituais, representam aqui os corpos feridos e marginalizados que circulam nos sistemas consumistas de produção e troca. A violência frequentemente exercida sobre o corpo pelos meios de produção industriais, pela procura de eficiência e inovação, é abordada pela investigação levada a cabo por Mónica Mays do ciclo de vida do bicho-da-seda Bombyx mori, cujo processo reprodutivo foi alterado pela intervenção humana através da domesticação e da industrialização. Se, por um lado, o trabalho pode ser lido da perspetiva da violência e do biopoder exercidos sobre o animal através da extração, também pode ser olhado a partir do ponto de vista do potencial de fuga à lógica linear, da recusa da reprodução e da aceitação da mutação. Quer estejam colocados em molduras de caixa de madeira para classificação científica ou embrulhados em véus de velino semitransparentes reminiscentes de recipientes transbordantes, representam o corpo em vários estados de transformação, fragmentação e sofrimento. Como todos os outros corpos na exposição, abraçam a complexidade, a hibridez e o esbatimento de fronteiras que caracterizam a nossa existência contemporânea, questionando as categorias tradicionais e abraçando uma visão mais compósita, fluida e aberta de nós mesmos em busca de um futuro no qual os nossos corpos possam abdicar da sua resistência.

 

 

Entrada actualizada el el 20 dic de 2023

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