Bornal dá título à mais recente exposição individual de Isabel Ribeiro na galeria Quadrado Azul, no Porto, e na qual a artista desenvolve um trabalho em torno das deslocações em massa das populações, no contexto de conflitos bélicos. Além da exploração visual da deslocação enquanto movimento, Bornal problematiza o modo como essas deslocações transformam a realidade em que se inserem.
Covilhã, Portugal, 1976. Vive e trabalha entre Porto e Lisboa.
Isabel Ribeiro tem desenvolvido trabalhos em pintura, desenho, escultura e vídeo que representam situações e espaços. Na construção de imagens, apropria-se de referências do imaginário literário ocidental ou de sinaléticas do quotidiano.
Os trabalhos da artista, que começou a expor em 2001, são percorridos por diversas inquietações geradas na modernidade e que têm a ver com um fracasso do indivíduo com o que o rodeia: a crise individual, a crise colectiva, o conflito entre o individual e o social, as transformações do espaço,...as forças de mudança, a solidão da luta, o contínuo falhanço dos movimentos de mudança, os dilemas e a longevidade da comunidade, a depressão, o desemprego, a solidão, o tédio.
Um procedimento comum em muitas das suas pinturas é a produção de ligeiras alterações, de deslocamentos, de reenquadramentos, de substituição ou anulação de elementos da imagem de referência. São imagens nas quais a artista representa lugares de fuga que falam desse fracasso. Outros trabalhos, auto-biográficos, são distorcidos apenas pela contingência da técnica, como as Paisagens nocturnas, que sofreram uma passagem da fotografia para a pintura e representam directamente o real.
O nome da artista está também ligado à criação do Salão Olímpico e do Projecto Apêndice, dois dos espaços geridos pelos próprios artistas que surgiram no Porto, nos últimos anos.
Entrada actualizada el el 25 abr de 2017
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