CERRADO DEL 1 DE AGOSTO AL 2 DE SEPTIEMBRE POR VACACIONES.
Esta relação muda quando uma fotografia digital é apresentada num espaço expositivo no qual um fac-símile pode ser facilmente autenticado ou certificado como sendo original. Consideradas no contexto deste contrato estético, as fotografias convidam-nos a formas de contemplação que nos permitem, por vezes, entender níveis de realidades difíceis de alcançar. É esse o caso da exposição Cópia Original que, graças a uma série de replicações quase automáticas, revela a trajetória de uma ordinária tigela chinesa. Este trabalho oferece uma análise das realidades complexas e contrastantes que podemos encontrar inscritas num objeto banal que temos sempre «à mão». Olhamos; a nossa atenção declina. Olhamos novamente; outras coisas aparecem. Quanto mais focada é a concentração, mais os significados se soltam, como se o objeto existisse apenas naquela modulação repetida entre opacidade e transparência. Da alvorada ao crepúsculo, a nossa atenção gravita em...torno dessa semiesfera como se ela fosse um planeta. No tempo das «fake news» e do «deep fake», Daniel Blaufuks recorda-nos que as relações que se tecem entre o original e a cópia têm os seus alicerces num sistema de crenças. Examinando a trajetória desta tigela, ele convida-nos para uma viagem meditativa através das zonas equívocas, ou «semiopacas», da verdade.
Entrada actualizada el el 24 jul de 2019
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