“Corpura” é uma exposição coletiva que a partir da fotografia aborda os corpos negros e as diversas subjetividades que os atravessam. Composta pelas séries fotográficas “Fardo”, “Pele preta em mundo branco” e “Beleza”, questiona sobre como as estruturas sociais brasileiras - o racismo, as desigualdades sociais e o genocídio - atuam como construtores desses corpos. Os trabalhos são feitos pelos artistas Carla Santana, Mateus Almeida e Thomas Mariano.
Em “Fardo”, Carla Santana molda o indizível. Transborda as densidades e questões sobrepostas e impostas à sua corporeidade. Utiliza-se da argila como meio de externalizar processos internos e materializar dores. As esculturas saltam das fotografias a fim de corporificar, o peso, o íntimo, o invisível. “Pele preta em mundo branco”, de Mateus Almeida, demanda os impactos da colonização dos corpos negros. O que é possível para a população negra no Brasil? Que lugar esses corpos ocupam? A partir da fotografia o artista...nos mostra corpos atravessados pela brancura do mundo. “Beleza”, de Thomas Mariano, a partir do retrato sensível propõe um olhar sobre a pele e corpo negro que subverta os estereótipos, criando imagens que refletem primor, sutileza e exaltação. Segundo Carla Santana, “Corpura afasta a relação do corpo enquanto objeto de análise do outro para reivindicar a construção primordial do Ser. Revelamos aqui, ainda que fragmentados, a necessidade de resgatar e recriar cenas por uma visão essencialmente escurecida”.
Entrada actualizada el el 03 oct de 2019
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