Exposición en Lisboa, Portugal

Dip me in the river, drop me in the water!

Dónde:
Galería Pedro Cera / Rua do Patrocínio, 67 E / Lisboa, Portugal
Cuándo:
05 jun de 2021 - 04 sep de 2021
Inauguración:
05 jun de 2021 / 17 a 20 h.
Precio:
Entrada gratuita
Comisariada por:
Organizada por:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición
Dip me in the river, drop me in the water! reúne um conjunto de trabalhos de artistas da década de 80 e 90, em vários formatos, como a pintura, escultura, vídeo, instalação e fotografia. O título da exposição é retirado do tema “Take me to the river”, clássico composto por Al Green e posteriormente interpretando pelos Talking Heads. Ecoando as palavras do vocalista, David Byrne, “a song that combines teenage lust with baptism. Not equates, you understand, but throws them in the same stew, at least”. Da mesma forma, também as relações entre obras que aqui se criam são indicativas de uma vontade de expansão por via da provocação, da voz, do humor e, simultaneamente, de imersão, lembrando a necessidade e a importância da demora. Porque é nestes silêncios que podemos assimilar fluxos de pensamentos ou interiorizar processos de cura, renovação. Afinal, sabemos que há caminhos auspiciosos que tentamos seguir depois da ... agitação: pistas, indícios e rupturas para que a frescura que a água contém, contamine também as sombras. Como num ritual de iniciação, pensemos agora como o verbo nascer pode ser conjugado a cada instante do nosso itinerário. Se preferíamos considerar essa tarefa arrumada - e, contudo, é interminável, inacabada, inescusável a acção de nascer - há como que um sobressalto de fervor quando aceitamos este incessante desafio. Os tempos de germinar, surgir, brotar, colher ou expurgar são metáforas poderosas à vida, à prática artística. Mais do que artistas que carregam a novidade, desafia-se a retenção do olhar. A possibilidade de erguer afinidades em contra-corrente. Enfim, vamos mergulhar enquanto o verão se faz quente - e que cada obra se revele por si. Carolina Trigueiros Sebastião Borges (1993) Com uma prática conceptual e alicerçada numa meticulosa vivência de atelier, Sebastião Borges apresenta um conjunto de pinturas intituladas “shorthand monochrome(s)”, cuja superfície sombreada resulta de um número incontável de linhas perpendiculares, formando uma trama que se dissolve no espaço. Um trabalho de repetição lenta e rigorosa que, como o artista refere, “quando a escuridão vem como consequência, permite que a pintura seja livre. Para se libertar de si mesma, do seu próprio tempo, da sua execução, de todas as linhas. Isso quer dizer que estou mais interessado em como pintar do que no que pintar.” Isabel Cordovil (1994) “As holy as it gets”, “Untitled (You needed love, I needed you)” e “Break-up piece (after King Solomon)”, partilham uma vontade por documentar paisagens emocionais, espaços de intimidade. Na sua relação com a linguagem, referências à literatura, cinema ou mitologia, Isabel Cordovil navega entre diferentes suportes como a pintura, instalação ou escultura, revertendo enredos, ligações ou profecias. No eco das palavras bordadas em tela da primeira sala expositiva, pensemos nesta liberdade furiosa e possibilidades de criação como fundamentos da existência humana. Eduardo Fonseca e Silva (1993) & Francisca Valador (1993) Aguarela e guache sobre papel, alcatifa industrial, bronze, meias, arroz, tinta acrílica e barro, são alguns dos elementos que conseguimos ler na ficha técnica das obras inéditas de Eduardo Fonseca e Silva & Francisca Valador aqui apresentadas. Se a delicadeza das pinturas e de cada objecto cuidadosamente instalado remetem a um lugar doméstico, romântico, sensorial, poderíamos dizer que o sereno, acolhedor, pode também ser provocador? Seguimos entre os contrastes e o suave balanço que as pinturas e instalações convocam, possibilitando novos ângulos a cada olhar. João Gil (1989) No vídeo de João Gil a paisagem é colocada em primeiro plano, tornando-se num protagonista quimérico, composto por fragmentos removidos do seu contexto original e permitindo uma leitura que procura desconstruir os agentes de transformação desta - e questionar a influência do cinema na construção da ideia de paisagem enquanto simulacro. Mais do que um exercício de edição conceptual e perspicaz, aliado a uma prática artística investigativa, há um olhar sobre a representação da paisagem como um lugar de memórias colectivas, onde é possível contemplar um sistema discursivo, que se desdobra, através de diferenças e repetições; revelando-se lentamente nos lugares filmados, bem como nas composição de cada fotograma, na duração, e movimentos de câmera; construções, sócio-políticas e culturais, no decorrer do tempo. Pedro Huet (1993) As obras de Huet flutuam em torno da imagem em movimento, a imagem digital, a fotografia e os ambientes imersivos das suas instalações. Em “Blaze the fire”, o artista invoca uma série de figuras, especialmente divindades, para questionar não só a dicotomia céu/inferno, como também a noção de Justiça, numa crítica da política em época de crises e emergências sucessivas. Lea Managil (1991) Se o trabalho de Lea Managil explora a relação do som e da música com diferentes linguagens, “Ponto de Fuga” introduz o ritmo que conduz o fluxo expositivo. A água que corre, o pano de fundo que envolve as obras e vibra na sua armadilha. A água repousa, a água move. Nós continuamos na interseção. Sofia Mascate (1995) “Care Instructions Inside” é uma pintura sobre o âmago da planta Amorphophallus titanum, aka. Titan Arum. Esta planta gigante, original das florestas tropicais do Sumatra, desabrocha muito raramente e por curtos períodos de tempo. É neste momento que adquire o nome “flor cadáver”, pelo cheiro pútrido que o seu interior emana. Carolina Pimenta (1988) “Surrounding Everest” apesar de não ser necessariamente das obras mais recentes de Carolina Pimenta, apresenta uma ruptura no trabalho que a artista tem vindo a apresentar em fotografia - maioritariamente em torno do corpo, que revela preocupações centrais na sua prática artística, nomeadamente um interesse profundo por questões de identidade, representação e percepção, e como estas podem voláteis ou efémeras. A presença da paisagem é uma camada especulativa que lança novas pistas à leitura desta obra, o dissipar de uma fronteira que é, também e sobretudo, imaterial. Edgar Pires (1982) O tempo será a chave para a leitura das obras de Edgar Pires: de solidificação, de repouso. De olhar as obras no atelier e na sua relação, como se de um processo de alquimia se tratasse. Nas esculturas de chão em limalha de ferro e no vidro temperado oxidado convive a delicadeza de um processo com a solidez industrial do metal que se carrega. Lembram por fim que, também a nós, estamos expostos à corrosão, cada sulco, cicatriz ou mancha constitui uma cartografia desta passagem inexorável. Ana Rebordão (1986) ‘“Sopro 01” faz parte de uma série de nove vídeos onde o corpo da artista é utilizado como instrumento para materializar as imagens com que sonha. Como afirma, “as performances são um teatro de violência. O enquadramento e a iluminação refletem o olhar de um pintor”. Feminino, corpo, água numa latente, subsequente, referência a mitologias ou encenações de arquétipos do quotidiano recontextualizados. Maria Trabulo (1989) As esculturas apresentadas por Maria Trabulo produzem som quando ativadas por uma voz humana. Originalmente, se um megafone ou um microfone são utilizados na relação com as multidões, aqui a função é alterada: para ouvir, é preciso aproximar-se, uma vez que o cimento abafa a voz e diminui o volume. Acima de tudo, uma reflexão sobre a participação individual e coletiva em espaço público, ou a re-aprender o poder da voz.

 

 

Entrada actualizada el el 21 jul de 2021

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