A trajetória de Mario Cravo Neto começa em meados da década de 1960, mas é a partir de sua estadia de um ano em Nova York, entre 1969 e 1970, que o trabalho fotográfico adquire potência experimental. A partir dos anos 1970 até sua morte prematura em 2009 sua obra conhecerá momentos diferentes, explorando atmosferas, texturas e temáticas variadas – dos retratos em preto e branco em fundo infinito, ao corpo a corpo com a cultura popular e a religiosidade afro-brasileira, passando pelas séries do fogo, dos carros e metrô em Nova York, da arquitetura vernacular brasileira, dos ex-votos, dos profetas de Aleijadinho. Além de fotografias, esta retrospectiva de quatro décadas do trabalho do fotógrafo baiano (1947-2009), sob a curadoria de Luiz Camillo Osorio, crítico e professor de estética e história da arte, mostra vídeos, uma série de desenhos, livros fotográficos, diário e cartas do artista.