A tensão entre a aura (necessária) do espaço expositivo e a promessa de autenticidade do estúdio foram os pontos de partida do encontro entre as práticas de expor e de produzir arte, do qual a produção de uma exposição faz parte. Desafiada pelo artista, a direção artística do espaço Lumiar Cité desenhou a intervenção arquitetónica provável para uma utilização diferenciada do espaço, a invenção de um lugar físico e mentalmente adequado para fundir uma área expositiva com uma de produção de arte. Quando Francisco Vidal ocupar, a partir de 2 de Dezembro, com algumas obras os dois andares do espaço, o artista assume uma omnipresença na exposição não só com a sua obra, mas também com a ʻperformanceʼ pessoal, procurando assim destabilizar as fronteiras entre lugares bem definidos do ʻsistema operacionalʼ da arte. Deste modo, durante todo o período, desde a abertura da exposição, Francisco Vidal vai estar presente no...espaço, utilizando a infraestrutura híbrida, especificamente ʻinventadaʼ como o seu estúdio na Alta de Lisboa.
Francisco Vidal (Lisboa, 1978) vive e trabalha em Lisboa. Entre as suas exposições individuais recentes destacam-se: "Focus: African Perspectives" The Armory Show (Nova Iorque, 2016); "Workshop Maianga Mutamba" Tiwani Contemporary (Londres, 2015); e "Água e Luz", Instituto Camões (Luanda, 2014). Participou em inúmeras exposições colectivas, destacando-se entre as mais recentes: Pavilhão de Angola, 56ª Bienal de Veneza (2015); "Mabaxa" Soso Arte Contemporânea Africana (Luanda, 2012); "Res Publica, 1910 e 2010 face a face" Fundação Calouste Gulbenkian (2010); e "Povo” Fundação EDP (2010). Em 2005, foi selecionado para o prémio EDP – Novos Artistas.
Entrada actualizada el el 05 dic de 2016
¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?