Este trabalho resulta de uma simbiose entre a imagem e a palavra, como uma intimidade criada entre duas entidades distantes, criando uma vida comum, frente a frente e em movimento entre elas. São deambulações, entre uma entidade global que relata um acontecimento global, um jornal e a sua palavra, e o que me rodeia. O objeto da fotografia e do texto funciona na sua complexidade de interação, através de um processo de caminhar e registar numa realidade local criando um novo significado em ambos, na palavra e na imagem. As fotografias funcionam como sinais que remetem para algo que está fora da imagem, e a palavra funciona como um sinal que igualmente aponta para algo que está fora do texto. A banalidade da coisa que me rodeia no meu percurso diário, assessorado pela palavra de um acontecimento global sem nome transforma e criam novas interpretações ambíguas, quer do texto quer da imagem,...criando uma diferente realidade de ambos. Qual a resposta e qual a pergunta? A combinação do comum, com um acontecimento global, transporta a narrativa para uma não-realidade, do que pode ou não ser verdade e onde a ambiguidade questiona se a verdade existe. A repetição do objeto da imagem especula sobre as diferentes realidades numa prova de dúvida, de sempre existir um outro ângulo, onde a interpretação do observador pode ser o caminho.
Entrada actualizada el el 11 sep de 2020
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