A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar Farleigh, a primeira exposição individual de Tito Mouraz (1977, Porto) na galeria.
A fotografia de Tito Mouraz parte do interesse pela paisagem. A natureza, os seus lugares remotos, e de que forma a figura humana habita estes espaços são temas sempre presentes no trabalho do artista. As suas imagens são delimitadas por territórios geográficos, sendo todas as suas séries regidas por fronteiras. Porém, em Farleigh, Mouraz explora não um lugar específico, mas, uma geografia emocional.
Assim, o título Farleigh não diz respeito a um local real, simbolizando, em vez, um lugar imaginário, longínquo, uma montanha envolta em neblina. Da mesma forma, as imagens que fazem parte desta série contêm um cariz de incerteza. As figuras humanas, frequentemente em desequilíbrio ou posições estranhas, são anónimas, nunca revelando a suas feições. As paisagens não retratam lugares identificáveis: a casa não é uma casa, não tem...morada; a árvore não é uma árvore específica.
Estas paisagens e figuras incertas, para além da combinação, pela primeira vez, de trabalhos a cores e a preto e branco, evocam um mundo etéreo, que parece não poder fazer parte da realidade. Mouraz confronta o espectador com imagens marcadas pelo silêncio que, estranhamente, despertam um sentimento de nostalgia. São fantasmas e espectros, quase palpáveis mas, ao mesmo tempo, tão longínquos.
Tito Mouraz (Porto, Portugal, 1977) finalizou o curso de Artes Visuais e Fotografia na Escola Superior Artística do Porto em 2010, onde vive e trabalha actualmente. Expõe regularmente desde 2009 em Portugal e no estrangeiro. Das suas exposições individuais destacam-se: Fluvial, Quinta da Cruz — Centro de Arte Contemporânea, Viseu, PT (2022); Fluvial, Centro Cultural Camões, Luxemburgo (2021); Mergulho, Salut au Monde, Porto (2021); Fluvial, Museu Finlandês de Fotografia, Helsínquia (2019); A Casa das Sete Senhoras, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa (2014). De exposições colectivas destacam-se: Un eté au Portugal, Villa Tamaris Centre D'art, FR (2022); Não sei se posso desejar-lhe feliz ano, Obras da coleção Mário Teixeira da Silva, MNAC, PT (2022); Olhar direito por linhas tortas, Espaço Adães Bermudes, Alvito, PT (2021); Epicentro: Milagre, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, São Miguel, Açores (2020); Fluvial, Bienal de Fotografia, Museu Municipal de Vila Franca de Xira, Vila Fran-ca de Xira (2019); THEM OR US!, Galeria Municipal do Porto (2017); Olhares Cruzados / Identidades Diversas, Galeria Módulo, Lisboa (2016); Ponto de Partida – Colecção Figueiredo Ribeiro, QUARTEL, Abrantes (2016); A Casa das Sete Senhoras, Encontros da Imagem, Braga (2014). A sua participação em festivais inclui, Backlight Photo Festival, Tampere, FI (2017); Fotofestiwal, Lodz, PL (2015); FORMAT Photography Festival, Derby, UK (2015); Festival Circulation(s), Paris, FR (2015). As suas obras inte-gram várias coleccções como a Colecção de Fotografia do Novo Banco, Portugal; Coleção Mário Tei-xeira da Silva, Portugal; Colecção Figueiredo Ribeiro, Portugal; Colecção de Arte da Fundação EDP, Portugal; Fundação PLMJ, Portugal; Colecção Marin Gaspar, Portugal; Fundação Lapa do Lobo, Por-tugal; Pico do Refúgio, Portugal, Colecção de Arte Contemporânea do Estado, Portugal, Villa Tamaris Centre d'art, França; entre outras colecções privadas.
Entrada actualizada el el 02 mar de 2023
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