Exposición en Lisboa, Portugal

Fosso (Zanja)

Dónde:
Galeria Monumental / Campo Mártires da Pátria, 101 / Lisboa, Portugal
Cuándo:
08 jul de 2023 - 05 ago de 2023
Inauguración:
08 jul de 2023 / 16 a 20 h.
Horario:
Martes a sábado - 15h / 19.30h
Precio:
Entrada gratuita
Organizada por:
Artistas participantes:
Correo electrónico:
carlosno2000@gmail.com
Descripción de la Exposición
Carlos No traz à Galeria Monumental um conjunto de obras criadas entre 2018 e 2022. Na sequência do seus trabalhos anteriores, as obras apresentadas são construídas a partir de objetos e materiais do mundo que nos rodeia. Essas matérias primas podem ser mais ou menos familiares, mas surgem totalmente descontextualizadas do seu ambiente comum. Colchões, cadeiras e mantas ganham vidas insuspeitas em obras como Lanho, Noturno, Pendente, Fratura, Díptico, Anónimos, ou mesmo em Catre. A acompanhá-los, encontramos uma série de objetos resgatados de um mundo industrial e analógico em vias de perder a sua inteligibilidade e desaparecer: gavetas metálicas de arquivadores, auscultadores e fios de telefones, ratoeiras de mola, bastidores, notas de vinte escudos. Transformados em matérias-primas, estes objetos conferem a obras como Enxovia I e III, Rumor, Antónios, Cortina e, de novo, Noturno, uma dimensão arqueológica que enriquece o universo de memórias e conotações simbólicas que também lhes estão ... associados. Os trabalhos artísticos assentes na respigagem—transformação—construção—densificação apresentados nesta exposição acumulam em si a força de um combate contra o esquecimento, combate cuja pertinência é ditada pelo presente que vivemos. Carlos No evoca nestas peças tempos dominados pela opressão, pela ausência de liberdade e pela tortura de presos políticos no contexto das ditaduras que ensombraram a Europa e o mundo. Ao mesmo tempo, convoca questões que o ocupam desde sempre: a fragilidade da condição humana, a pobreza, as desigualdades sociais. O potencial de solidariedade e entreajuda que responde ao esmagamento da privação e da opressão é a dimensão mais solar que esta exposição nos oferece. Mesmo que as metades correspondentes das notas em Antónios não passem de uma possibilidade incumprida, e mesmo que os suportes frágeis que acolhem o mergulho na poesia de Sebastião da Gama nos deixam morrer a quatro dedos do céu, um raio de sol pode sempre iluminar o presente. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Carlos No brings to Galeria Monumental a set of works created between 2018 and 2022. Following on from his previous works, the works presented are constructed from objects and materials from the world around us. These raw materials may be more or less familiar, but they emerge completely out of context from their common environment. Mattresses, chairs and blankets gain unsuspected lives in works such as Lanho, Noturno, Pendente, Fratura, Díptico, Anónimos, or even Catre. Accompanying them, we find a series of objects rescued from an industrial and analogue world on the verge of losing their intelligibility and disappearing: file metal drawers, handsets and telephone wires, spring-loaded mousetraps, wooden sewing hoop, twenty escudos bills. Transformed into raw materials, these objects give works such as Enxovia I and Enxovia III, Rumor, Antónios, Cortina and, again, Noturno, an archaeological dimension that enriches the universe of memories and symbolic connotations that are also associated with them. The artistic works based on gleaning—transformation—construction—densification presented in this exhibition accumulate within themselves the strength of a fight against oblivion, a fight whose pertinence is dictated by the present we live in. Carlos No evokes in these pieces times dominated by oppression, the lack of freedom and the torture of political prisoners in the context of dictatorships that overshadowed Europe and the world. At the same time, he brings up issues that have always occupied him: the influence of the human condition, poverty, social inequalities. The potential for solidarity and mutual aid that responds to the crushing of deprivation and oppression is the most solar dimension that this exhibition offers us. Even if the corresponding halves of the bills in Antónios are nothing more than an unfulfilled possibility, and even if the fragile supports that welcome the plunge into Sebastião da Gama’s poetry leave us dying four fingers from heaven, a ray of sunlight can always illuminate the present.

 

 
Imágenes de la Exposición
Pendente, 2018

Entrada actualizada el el 24 jul de 2023

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