Depois de receber importantes exposições de Miró e Picasso, o Instituto Tomie Ohtake realiza a partir de 19 de novembro uma exposição dedicada à obra do arquiteto Antoni Gaudí. Composta por 46 maquetes, quatro delas em escalas monumentais, e 25 peças entre objetos e mobiliário criados pelo mestre catalão, "Gaudí, Barcelona 1990" fica em cartaz até 5 de fevereiro. O valor dos ingressos ainda não foi divulgado.
Para compor a exposição, os curadores Raimon Ramis e Pepe Serra Villalba buscaram trabalhos de Gaudí que estavam em locais como o Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos contemporâneos de Gaudí na Barcelona dos anos 1900, como os pintores Ramón Casas e Santiago Rusiñol, e ensembliers como Gaspar Homar ou Joan Busquets.
O Instituto Tomie Ohtake traz à São Paulo a...obra universal do arquiteto Antoni Gaudí, com patrocínio do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Arteris e Bradesco, apoio da AkzoNobel, Machado Meyer Advogados, Prosegur e thyssenkrupp, e coordenada por Fen-Ian Hsu, da CHI-ZHI. Com trabalhos oriundos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera, Gaudí: Barcelona, 1900 reúne 46 maquetes, quatro delas em escalas monumentais, e 25 peças entre objetos e mobiliário criados pelo mestre catalão. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos que compunham a avançada cena de Barcelona nos anos 1900.
Os curadores da exposição, Raimon Ramis e Pepe Serra Villalba, destacam os processos construtivos dos projetos de Gaudí por meio de modelos tridimensionais que ressaltam detalhes de sua arquitetura. No design, móveis e objetos, que vão de maçanetas de metal a peças em cerâmica e madeira, dão conta de como a criação artesanal conseguiu fundamentar a indústria. O conjunto das obras reunidas do consagrado arquiteto catalão testemunha a invenção de uma original geometria, calculada a partir da observação e estudo dos movimentos da natureza. Com este princípio racionalista protagonizado pelo orgânico, Gaudí instaura uma estética moderna única que marcou definitivamente a cidade de Barcelona.
Para ilustrar ainda a pujança de um período em que a capital da Catalunha surge como projeto moderno de cidade, os curadores selecionaram 26 trabalhos entre objetos e elementos decorativos concebidos pelos chamados ensembliers (artesãos de alto nível), além de 16 pinturas. São artistas contemporâneos a Gaudí, que desenvolveram suas obras conforme os preceitos do modernismo catalão. Entre eles destacam-se os pintores Ramón Casas e Santiago Rusiñol, e ensembliers como Gaspar Homar ou Joan Busquets, que decoraram e mobiliaram as casas da burguesia catalã do período.
Trata-se da mesma burguesia que colaborou para a inovação e processo de integração entre urbanismo, arquitetura, arte, design e indústria, atuando como mecenas dessa importante geração de artistas e artesãos que configuraram um dos movimentos mais férteis e representativos da cultura catalã. “Um momento em que foram construídos os fundamentos culturais da Catalunha atual, em que o processo industrial, o lado íntimo, o momento, o acaso, a mecanização etc. vão ganhando espaço, e a atividade artística vai se abrindo a novas propostas”, explicam os curadores. Neste panorama, sugere ainda a dupla, a obra de Gaudí condensa o debate técnico, estético, ideológico e social da virada do século.
Entrada actualizada el el 05 dic de 2016
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