A GALERIA VERA CORTÊS tem o prazer de anunciar a primeira exposição individual de Charbel-joseph H. Boutros na galeria.
Um plinto para o futuro.
A essência da prática de Charbel-joseph H. Boutros reside em esculpir a invisibilidade, tratando-a como algo material. Na sua obra, a invisibilidade tece de maneira subtil narrativas íntimas, geográficas e políticas, permitindo-lhe reequacionar o papel do artista manifestamente comprometido e levando-o, antes, a percorrer trilhos poéticos que se estendem para além do especulativo e das realidades existentes.
Para H. Boutros, cada exposição é uma nova geografia que reformula a realidade.
Na Galeria Vera Cortês, o artista apresenta uma exposição que se olha a si mesma.
Esta é constituída por dois corpos independentes: o primeiro é composto por nova produção e aponta para um futuro especulativo, para o fim da arte; o segundo, pensado como um retrato, é uma constelação densa de trabalhos anteriores do artista.
Ao confrontar o que existe e aquilo...que é futuro, H. Boutros utiliza as suas obras anteriores para compor novas narrativas, com novos significados, transformando-as numa espécie de relíquia que gera sonhos premonitórios; um plinto para o futuro.
Na nova obra A Waxed Melody, the last art exhibition in history, uma guitarra coberta de cera levita como se fosse um fantasma virado para o ecrã onde vemos o vídeo de um concerto filmado às escuras e que teve lugar no centro de arte contemporânea La Criée (Rennes, França) e que começa com a seguinte frase: Um dia no futuro, terá lugar a última exposição de arte do mundo. Charbel-joseph H. Boutros convida Charbel Haber para compor um concerto de homenagem a esta exposição por vir.
Nesta exposição, Charbel-joseph H. Boutros convida-nos a mergulhar numa nova entidade geográfica – na qual se baralham histórias pessoais, de arte, de lugares, sobre o curso da história, e onde se combinam os componentes da realidade com a alquimia dos sonhos.
BIO
Charbel-joseph H. Boutros nasceu no Líbano em 1981 e vive e trabalha entre Beirute e Paris.
Na sua obra, a invisibilidade reveste-se de camadas íntimas, geográficas e históricas, encontrando linhas poéticas que se estendem além do domínio das especulações e realidades existentes. Tendo nascido durante a guerra do Líbano, o seu trabalho não assenta sobre uma reflexão histórica e política explícita, mas antes sobre o assombramento desta eventual reflexão histórica e política.
Para H. Boutros, cada exposição é uma nova geografia que reformula a realidade.
H. Boutros foi artista residente no The Pavillon do Palais de Tokyo, Paris (França) e investigador na Jan van Eyck Academie, Maastricht (Países Baixos). O museu S.M.A.K. Museum em Ghent (Bélgica), acolheu em 2020 a sua primeira grande exposição institucional na Europa, “The Sun Is My Only Ally”, de seguida apresentada no centro de arte contemporânea La Criée.
Em 2022, em conjunto com estas duas instituições, o seu primeiro livro monográfico foi publicado pela Mousse Publishing.
O seu trabalho tem sido apresentado internacionalmente em: 12ª Bienal Internacional de Istambul, Istambul, Turquia; Palais de Tokyo, Paris, França; Punta della Dogana, Veneza, Itália; Centre Pompidou – Metz, França; S.M.A.K. Museum, Gent, Bélgica; Home Works 8, Ashkal Alwan, Beirute; CCS Bard College, Nova Iorque, EUA; 3ª Bienal da Bahia, Salvador, Brasil; 1ª Bienal Yinchuan, Yinchuan, China; CCA, Varsóvia, Polónia; Barjeel Art Foundation, Sharjah, EAU; Beirut Art Center, Beirut, Líbano; La Criée Centre d’art contemporain, Rennes, França; Marres, Maastricht, Países Baixos.
A instalação permanente ‘Sueur d’étoile’, que realizou junto com a bailarina francesa Marie-Agnes Gillot, inaugurada em 2016, continua exposta no Palais de Tokyo, Paris (França).
As suas obras encontram-se nas colecções do Museu S.M.A.K., Gent; CNAP, Paris, França; Fundação de Arte Barjeel, Sharjah, EAU.
Videos de la Exposición
Charbel-joseph H. Boutros | GALERIA VERA CORTÊS
Entrada actualizada el el 12 abr de 2023
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