Nuno Cera
Nasceu em Beja, 1972. Vive e trabalha em Lisboa.
É fotografo e cineasta, o seu trabalho aborda questões espaciais, arquitectura e situações urbanas, através de formas ficcionais, poéticas – documentais.
Licenciado em Publicidade, IADE, 1995. Estudou na Maumaus - Escola de Artes Visuais de 1995 a 1997, Lisboa. Em 2001, recebeu a bolsa João Hogan da Fundação Calouste Gulbenkian para a residência artistica na Künstlerhaus Bethanien, em Berlim. Em 2002 publicou Cimêncio (Fenda Edições) com o arquitecto Diogo Lopes, um levantamento de paisagens suburbanas. Em 2004, foi nomeado para a primeira edição do prémio Besphoto. Residência artística em 2006 no ISCP - International Studios and Curatorial Program, Nova York, USA. Em 2007 e 2008 recebeu apoios das Dgartes – Ministério da Cultura Portugal, para a realização do video Sans, Souci (2008) e para o projecto Futureland uma investigação artistica sobre 10 metrópoles. Foi o único criador de conteúdos de video e...fotografia para o Pavilhão Português na Expo Zaragoza 2008, Espanha. Em 2012 foi convidado pela OLIVA Creative Factory, São João da Madeira, Portugal, para a realização de dois videos, II eSuspensão. Seleccionado em 2012, na XX edição da Bolsa Fundacion Botin, Santender com o projecto The Symphony of the Unknow. Residência na International Artist Residency Récollets, Paris em Abril - Julho, 2013.
Desenvolve actualmente os projectos Life is a Building site, para a Fundação EDP, Portugal; uma nova instalação video para a exposição Demo:Polis - 2016, Akademie der Künste, Berlim, Alemanha e uma encomenda de uma instalação video para a Fundação Gulbenkian a apresentar no Grand Palais, Paris em 2016 no âmbito da retrospectiva de Amadeo de Souza-Cardoso, Portugal / França. Recentemente participou nas seguintes publicações: Fotografia: Modo de Usar (Novo Banco - Documenta); Melancholy and Architecture (On Aldo Rossi) (Park Books); Exit Magazine #55; Uncube Magazine; 100 Fotógrafos Europeos; Shooting Space (Phaidon).
Está representado em diversas colecções públicas e privadas.
-------------------------
Quando entramos no espaço da exposição L’Année Dernière, de Nuno Cera (1972, Beja), entramos também em duas (na verdade, três) cidades: Paris, Tóquio e, muito brevemente, Banguecoque. L’Annèe Dernière vem, a uma primeira leitura, apresentar fragmentos de cidades como, regra geral, as pensamos: edifícios, ruas, estradas, que formam padrões e grelhas numa malha que muitas vezes nos escapa. Uma leitura atenta permite perceber que as imagens destes lugares apresentam-se como pequenas narrativas intrínsecas ao tempo, à memória e à identidade específicas que a construção de cada cidade implica por oposição a uma grande narrativa da cidade como um todo. Estas imagens apresentam-se assim como percepções - inerentemente subjectivas - do mundo.
Na exposição L’Année Dernière, composta por 7 fotografias e 2 vídeos, a relação em pares é determinante: a passagem do tempo realçada pelos contrastes entre dia e noite, entre claro e escuro, e entre luz e sombra; as imagens duplas dos mesmos lugares; o primeiro e o segundo plano nas imagens e no som; e as simetrias determinadas pelo desenho dos edifícios.
Texto Luísa Santos
Imágenes de la Exposición
Nuno Cera Sem Título (Tokyo #2)
Entrada actualizada el el 25 mar de 2016
¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?