Exposición en Rio de Janeiro, Brasil

Mapas temporais de uma terra não sedimentada

Dónde:
A Gentil Carioca / Rua Gonçalves Ledo, 11 e 17 sobrado - Centro / Rio de Janeiro, Brasil
Cuándo:
03 sep de 2016 - 08 oct de 2016
Inauguración:
03 sep de 2016
Organizada por:
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición
Em sua quarta exposição individual na galeria A Gentil Carioca, Thiago Rocha Pitta expõe ao público os afrescos e vídeos da série Mapas temporais de uma terra não sedimentada, onde se vê o registro do desenvolvimento independente, exceto por ligeiras intervenções do artista, dos movimentos diversos de terrenos erodidos e variados. Estes registros são característicos do trabalho do artista que estimula a observação e reflexão dos elementos naturais. Mapas temporais de uma terra não sedimentada / por Carol Carrion Um plano de terra que começa a se desfazer. Observamos uma planície que desmorona, como se caindo para dentro da parede. Forma-se um cânion logo invadido por uma avalanche de terra, cujo incessante movimento se transfigura em liquidez. A terra escorre até sua força ser tamanha que tudo recobre, devolvendo ao plano o espaço pronto para ser novamente, eternamente erodido. Em outra projeção, o solo seco é invadido por umveio d’água que mal ... consegue ser absorvido pelo terreno sedento. Em uma terceira, observamos o lento evaporar da água presente na terra, cujas cores quase imperceptivelmente tornam-se mais claras. São a experiências muito precisas como essas, e apenas aparentemente simples, que Thiago Rocha Pitta expõe o público com os vídeos da série Mapas temporários de uma terra não sedimentada. Pequenas intervenções realizadas por Rocha Pitta catalisam as narrativas dos vídeos, que se desenvolvem de forma autônoma — método construtivo comum em sua obra. A atividade propulsora do artista não altera, no entanto, o fato de que os trabalhos desta série estão além, ou aquém, da intervenção humana. As ações de que somos testemunhas remetem-nos a objetos sem sujeito, movimentos tão entranhados na cadeia causal do universo que, para compreender suas origens, deveríamos regredir sem fim até chegar ao impensável antes do tempo. Se seus vídeos anteriores aconteciam em uma natureza mítica em que a cultura estava à espreita, talvez escondida logo após o fim do quadro, estes mapas alcançam a grandiosidade de forças universais com as quais nós, insignificantes seres efêmeros, nada temos a ver. Hume afirmou que se jamais houvesse existido um triângulo ou círculo na natureza, as verdades dos teoremas de Euclides manteriam a sua certeza e evidência 1; levando este pensamento às últimas consequências, concluímos que esses teoremas ainda seriam verdadeiros mesmo que nenhuma mente humana os tivesse concebido ou enunciado, pois sua veracidade depende apenas da relação entre elementos puramente ideais. Algo semelhante se passa aqui: essas ações existiriam mesmo que o artista não as tivesse perpetrado ou que nós, espectadores, não tomássemos conhecimento delas. Através desses trabalhos, entramos em contato com verdades tão prosaicas quanto monumentais: as leis da física dos corpos, a inevitabilidade da causalidade, o incomensurável do tempo. Não é pela ação do artista, e sim pelo olhar, que esses vídeos retornam para o âmbito da cultura de que até então haviam escapado. É na consciência do tempo — tão estimulada pela obra de Thiago a ponto de gerar angústia — que reside a consciência da morte. Ao contemplar essas cenas em que sempre existe movimento e transformação, mas nunca vida, lembramo-nos de que a mutabilidade para nós não é mera transfiguração de estado físico da matéria; significa definhar e perecer. A natureza torna-se o espelho do homem, incapaz de encarar a alteridade sem ver a si mesmo. Não é sem importância que esses trabalhos sejam definidos por uma categoria geopolítica. Todo mapa carrega em si a pretensão de permanência, cuja impossibilidade é evidente nos traçados políticos, desatualizados pela constante alteração das configurações sócio-territoriais humanas. No entanto, nem mesmo os mapas físicos são imunes à ação do tempo: rios secam, o clima de certas regiões pode sofrer alterações e, mesmo que de forma imperceptível para nós, os continentes se movem. Mapas são 1 Essa discussão se dá na quarta seção de Uma investigação sobre o entendimento humano, intitulada Dúvidas céticas sobre as operações do entendimento. sempre representações e, portanto, falíveis. Os mapas instáveis de Thiago Rocha Pitta questionam a nossa percepção estática do que em verdade está sempre em movimento, escarnecem do anseio humano por estabilidade e certeza. A terra não está sedimentada porque nunca estará.

 

 

Entrada actualizada el el 02 oct de 2016

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