Exposición en São Paulo, Sao Paulo, Brasil

Margens – Pintura Contemporânea no Pará

Dónde:
Galeria Izabel Pinheiro (antes Virgilio) / Rua .Dr. Virgilio de Carvalho Pinto 445 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Cuándo:
09 abr de 2016 - 09 may de 2016
Inauguración:
09 abr de 2016
Descripción de la Exposición
A galeria virgílio abre no dia 09 de abril, sábado, às 11h a exposição “Margens – Pintura Contemporânea no Pará” com obras de seis artistas contemporâneos nascidos ou radicados em Belém do Pará. Com curadoria de Marisa Mokarzel a exposição segue em cartaz até 09 de maio. M A R G E N S Pintura contemporânea no Pará O mundo contemporâneo se organiza (ou desorganiza-se) em bases fluídas interligadas a várias fontes de informação, constitutivas de um inquieto contexto no qual nos encontramos muitas vezes participantes, outras vezes perdidos ou desorientados. Neste cenário em que as marcas se dissolvem e as identidades tornam-se móveis, os rótulos não dão conta de definições que compartimentam a cultura ou isolam manifestações da arte conforme sua procedência. Nesses tempos em que a arte sai “fora de si”[1] e expande-se para outros campos, trazendo para o seu ... próprio corpo elementos advindos da política, da antropologia, da literatura, fica difícil as distinções feitas a partir de territórios, sejam eles geográficos ou simbólicos. A pintura contemporânea realizada no Pará traz, portanto, muitos mais traços distintivos que provém daquele que pinta, do que da região onde habita. Atravessados por muitas variáveis, não há um padrão que unifique os seis artistas aqui reunidos. Há a dedicação à pintura pelo oblíquo dos caminhos que podem variar desde a produção matérica até o objeto em que a cor é o componente que serve de eixo para discutir as diferentes questões pictóricas. Estão todos à margem, não porque estejam fora de alguma coisa ou habitem a “periferia”, mas porque pelas bordas, sem tanta visibilidade, resistem às intempéries das águas e possibilitam suas histórias. Geraldo Teixeira em sua trajetória infiltra-se pela história da cidade, recolhendo vestígios, pequenos detalhes de prédios antigos, maior parte herança da Belle Époque, período de faustas riquezas proporcionadas pela borracha. São detalhes de azulejos, de elementos decorativos aprisionados no tempo, nas paredes. O artista os desloca, os abstrai e neles exercita, no espaço e tempo, o visível da matéria. O tátil se sobrepõe no sentido da espessura, do desenho quase mancha que se resolve no denso da tinta. A técnica submete-se ao imaginário ou emerge para representar imagens longínquas e próximas que, inconsistentes, pairam na memória e seguem a percepção de um passado, muitas vezes diluído em ruínas. O que poderia ser uma pintura clássica de gênero – a paisagem –, Jorge Eiró subverte os cânones e, pela ironia, dota-a de novo conceito, no qual se sobressai a solidão contemporânea, as paisagens subjetivas, constitutivas do jogo estabelecido por quem, apaixonado pela pintura, deixa-se tramar pela fotografia, literatura. Para Eiró, as paisagens demarcadas pela linha do horizonte, emergem da imensidão amazônica: “Daí uma certa predileção pela linha do rio-mar, pela perspectiva de margens que se perdem no infinito”. Não é tanto o ato de pintar que lhe move, mas a ideia que emerge dos conceitos do mundo, da relação com a paisagem, com os fios que interligam ilhas e grandes extensões de água que ultrapassam o doce do rio e desaguam no mar salgado, sem que se distinga o Atlântico do Pacífico. O processo da apropriação e alguns referenciais da Pop poderiam aproximar Nina Matos de Jorge Eiró, mas seus caminhos são distintos. A delicadeza e o universo familiar, em Nina, se sobrepõem ao possível sarcasmo mundano, mesmo que o sentido crítico sutilmente se aloje em seu universo imagético e deixe transparecer a fina ironia que atinge os simulacros, o espetáculo que se tornou a vida, em que privado e público se amalgamam, perdendo a dimensão do íntimo, das pequenas filigranas cotidianas. As pinturas ou os cadernos de artista apropriam-se de imagens de família, sejam elas pessoais, provenientes da literatura, sejam outras retiradas de revistas televisivas, publicações cinematográficas. Ressignificações de fragmentos poéticos sobressaem-se, permeados por afetividades, ambivalências e silêncios. Percorrendo estradas, navegando rios, Emanuel Franco percebe o meio da água, o meio da terra e pelas margens recolhe a cor desbotada que contrasta com o colorido da paisagem ribeirinha. No suporte de lona, os vestígios das mãos, as marcas de suor, os tons bege amarronzados da beira de estrada, das águas do rio. Vocábulos transitam pelas telas objetos ou pelos livros-pinturas, na sequência das páginas, nomeando cidades, trechos de rodovias, cardápios oferecidos no precário boteco encontrado no trajeto de poeira. O pó vermelho que impede a visão do outro lado do rio torna impossível perceber o fim do caminho de terra. Restam as manchas verde-limo, os fios que ligam Timboteua a Igarapé-Mirí. Cidades perdidas (encontradas) no infinito da solidão. Entre correntezas, no colorido dos rios advindo dos “pôpôpôs”, barcos que deslizam nas águas com seus ruídos onomatopaicos, Ruma pensa e pratica o espaço pictórico. Ao produzir sua pintura, faz com que ondas barrocas se transfiram para a tela, transmutadas em adornos de rios. Os elementos gráficos interceptam proas, acompanham as laterais dos barcos e em terra firme navegam no quadrangular dos possíveis azulejos desaparecidos – mapas imaginários de uma colonização incrustrada nas fachadas das casas antigas. Seus objetos, apropriação de restos de mobiliários, de materiais construtivos dos casarões, seguem as volutas barrocas nos entalhes das curvas da madeira, formam um diálogo com a tinta chapada, tal qual a que se espalha no casco das embarcações. Com Marinaldo Santos o colorido vem das casas populares, dos utensílios ou mobiliários que o artista traz da memória e rearranja em estranhos armários, caixas de dimensões variáveis que preenche com pequenos desenhos, diminutas pinturas, coisas indefinidas, pregos sem função, palavras ou frases soltas que se intercalam entre um quadrado e outro. Aqui, onde as colagens se impõem, Marinaldo talvez retorne à lembrança das brincadeiras de infância, aos jogos experimentados no convívio familiar. Metais repicados em formas de roldanas acoplam-se à inutilidade da beleza, agora desprendida dos padrões clássicos. Nas narrativas inventadas, também presentes nas telas, observa-se bandeiras, Coca-Colas, latas sem rótulos de sopas Campbell herdadas de Andy Warhol. As aventuras pelas pequenas cabeças recorrentes nos objetos, nas pinturas, resvalam nos perigos dos cintos-serpentes, o mergulho proposto é no nonsense, na ilógica da vida. A pintura contemporânea no Pará segue no entremeio de uma cultura amazônica que se fortalece na diversidade, na contracorrente de um contexto adverso. Sem dúvida, traços comuns são compartilhados, mas é na diferença que o particular se contamina, indo além das margens do rio. Marisa Mokarzel Curadora e pesquisadora em artes visuais Emanuel Franco, 1952 . Belém-Pa Artista visual; Arquiteto graduado pela Universidade Federal do Pará (1979); Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade da Amazônia-UNAMA( 1990 a 2015) ; Coordenador da Galeria de Arte “Graça Landeira” e Curador do Salão UNAMA de Pequenos Formatos (1994 a 2015); Curador das Salas Especiais do Arte Pará (2004 a 2008) ; Membro da Curadoria do Arte Pará(2008); Membro do Conselho Cultural da Fundação Ipiranga,(2005 a 2015); Representante da Região Norte no Colegiado Setorial de Artes Visuais da FUNARTE / MINC (2005 a 2008); Curador do Salão de Arte do SESC/Amapá (2004 e 2006). Iniciou sua trajetória artística em 1979, participando de mostras coletivas em Belém e outros centros do País, entre elas Galeria Ângelus do Teatro da Paz/Belém-PA (1984 ) ; Salão Paranaense /Curitiba-PR ( 1986 e 1996) ; Projeto Arte Amazônia / Instituto Goethi-Belém/Alemanha ( 1992); MAC /SP -Premio Gunther (1993); Salão de Arte Contemporânea -SPAC/Belém-PA (1993 e 1994) ; Arte Belém-Brasil -Galerias Brecht- Haus , Helmut Schuster, ,VOXXX e Artco / Alemanha (1996) ; Salão Arte Pará ( (1984 a 2005); Bienal de Santos (2004); Espaço Cultural Banco da Amazônia (2001 e 2007); Mostra João Turin /Curitiba-PR ( 2003 e 2005); Galeria Theodoro Braga/Belém-PA ( 1988 e 2006); Bolsa de Arte, Pesquisa e Experimentação do IAP/Belém-PA (2007); Espaço Cultural da Sol Informática/Belém-PA(2008) ; Espaço Cultural Azevedo Barbosa(2008) e Galeria Debret (2008/2009);Espaço Cultural Banco da Amazônia (2007 e 2013).Espaço Cultural Sesc Boulevard –Belém-PA (2014); Elf Galeria –Belém-PA(2015); Sala Gratuliano Bibas /Espaço Cultural Casa das Onze Janelas /SIM/SECULT (2015);Centro Cultural do Carmo (2015) ;Galeria do CCBEU (2015);Elf Galeria(2016) ; Centro Cultural do TER/PA (2016).Artista premiado em salões de arte de Belém e de outras cidades brasileiras.Artista participante do Projeto Rede Nacional de Artes Visuais/FUNARTE-MINC (2005 e 2006).Coordenador de Administração do Espaços do CENTUR/Governo do Estado (1986 a 1990). Atual diretor do Memorial Amazônico da Navegação /Governo do Estado/SECULT/SIM. Curador independente. Marinaldo Santos Belém do (PA) 1961 Artista Plástico autodidata vive e trabalha em Belém, desde 1980. Em 1987 começou a realizar individuais, e coletivas expondo no decorrer dos anos seguintes no Brasil e fora como Alemanha, Miami / EUA Roterdã / Holanda e França !No salão Arte - Pará entre 1986 e 1995 recebeu premio de aquisição o mesmo ocorrendo no salão da UNAMA de pequenos formados, 1995 e 1996. No salão arte Pará de 1989 e 2002, foi GRANDE PRÉMIO, três vezes 1° lugar.Selecionado no salão da Bahia por quatro vezes consecutivas.Participou do salão Nacional de Goiânia 2001 - 2003.Trabalha com galeristas do Sudeste do Brasil, como Anna Maria Niemeyer.Atualmente dedica-se na produção de pinturas, objetos, desenhos e obras em acervos. Geraldo Teixeira Atuante nos movimentos de Arte e Cultura do Estado, foi um dos fundadores da Cooperativa dos Artistas Plásticos do Pará - COARTE, coordenador do projeto Arte na Rua e presidente da Associação dos Artistas Plásticos do Estado do Pará, no período de 1990 a 1994. Inúmeras exposições individuais de Geraldo Teixeira têm percorrido as capitais brasileiras, e dentre as principais coletivas de que participou constam: Mostra Nacional de Arte - Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro, 1975; Coletiva Lira Paulistana - São Paulo, 1980; 44º Salão Paranaense - Curitiba, 1987; Rivoli 90 - Rotterdam - Holanda, 1990 e Art In Paradise - Embaixada do Brasil - Washington - USA, 1993. Bastante premiado ao longo de sua trajetória artística, destacam-se dentre os principais prêmios recebidos: o Prêmio Aquisição, no II Salão Maranhense de Artes Plásticas (1979); Prêmio 24 de Agosto, no IV Salão do Estado do Rio de Janeiro (1981); Prêmio Listel (1992); e Grande Prêmio no XI Salão Arte Pará (1992). Nina Matos é artista visual paraense, produz desde a década de 90, possuindo uma trajetória que inclui participações em salões nacionais de arte, premiações, exposições coletivas e individuais. Com uma atuação de 20 anos na área das artes visuais, constrói sua poética, tendo ela própria como referente, bem como, através da observação do outro e das relações humanas que a cercam e afetam. Estas impressões estão fortemente presentes ao longo da construção de suas obras, integrando um vocabulário intimista formado por um léxico visual e conceitual que fica armazenado em seu imaginário. Jorge Eiró nasceu em Belém do Pará em 1960, é Artista Plástico e Arquiteto, formado pela Universidade Federal do Pará; Professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade da Amazônia (UNAMA) onde dirige a Casa da Memória. Realizou cinco exposições individuais: Jorge Eiró (1987), “Solo” (1990), “Idade Mídia” (1994), “Exegese” (1996) e “Cartografias” (2002). Participou de várias exposições coletivas nacionais e internacionais, entre elas: “VIII Salão Nacional” (Rio de Janeiro, 1985), Salão de Arte Contemporânea de Pernambuco (Recife, 1987), “Art in Paradise” (Miami e Washington - USA, 1992), “Graphos” (Brasília, 1993), “Painel da Arte Contemporânea Brasileira” (São Paulo, 1994), “Pará Hoje” (Belém, Fortaleza e Brasília, 1996) e “Dentro/Fora” (São Paulo, 2002); Obteve premiações no Salão Arte Pará e no Salão de Arte Contemporânea do Maranhão. É membro dos Conselhos Curadores da Galeria de Arte da UNAMA e do Museu de Arte do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, tendo executado diversas ações curatoriais em exposições realizadas em Belém do Pará. Em 2004 desenvolve pesquisa de criação artística como bolsista do Instituto de Artes do Pará, realizando a vídeo-instalação “Labirinto Líquido”. Em 2006 lança o livro “Escritura Exposta”, com artigos e ensaios sobre arte contemporânea paraense; Ruma de Albuquerque – Belém – PA, 26/01/1956. Arquiteto pela UFPA, pós-graduado em Marketing pela FGV/Ideal, Belém-PA. Cursou a Escola de Artes Visuais no Parque Lage, Rio de Janeiro-RJ. Pintor, com incursões no objeto, desenho e gravura digital. Também é ilustrador. Participa, desde 1979, de Salões e coletivas pelo Brasil e exterior (Portugal e Alemanha), incluindo o Projeto Macunaíma FUNARTE/RJ e Evidências, na Kunsthaus, Wiesbaden-Alemanha. Principais individuais: “Baralho a Quadro”, Palácio das Artes, Belo Horizonte-MG (1992), SIC, Florianópolis-SC e na Galeria Theodoro Braga, CENTUR, Belém-PA (1994); “Rotas” Galeria de Arte Graça Landeira da UNAMA, Belém-PA (2000); “Voluptas” na Galeria Theodoro Braga, CENTUR, Belém-PA (2004), “Cenaculum” e “Boca de Cena” na Elf Galeria, Belém-PA (2013 e 2015). Prêmios de aquisição no XII e no XXV Salão Arte Pará (1993 e 2006) e Grande Prêmio no X Salão UNAMA de Pequenos Formatos (2004). Participou como convidado no XXVII Salão Arte Pará (2008) e XXX (2011). Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística, Instituto de Artes do Pará (2010).

 

 
Imágenes de la Exposición
MARINALDO SANTOS

Entrada actualizada el el 24 may de 2016

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