Exposición en Lisboa, Portugal

Museum Hours

Dónde:
Galeria Vera Cortês / Rua Joao Saraiva, 16 - 1 / Lisboa, Portugal
Cuándo:
11 abr de 2024 - 08 jun de 2024
Inauguración:
11 abr de 2024 / 17.30 a 20.30 h.
Horario:
De martes a viernes de 14 a 19 h., sábados de 10 a 19 h.
Precio:
Entrada gratuita
Organizada por:
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición
Céline Condorelli foi artista residente na The National Gallery (Londres) de setembro de 2022 a setembro de 2023, onde apresentou a exposição individual Pentimenti (As Correções). As obras desta exposição foram desenvolvidas durante este período e estão intimamente relacionadas com a experiência da residência, mas não fizeram parte da exposição que apresentou na altura. Só vemos aquilo para que olhamos. Olhar é um acto de escolha. Desse acto resulta que o que vemos é posto ao nosso alcance, embora não necessariamente ao alcance da mão. Toca-se uma coisa a fim de nos posicionarmos numa relação a ela. (Fechem os olhos e desloquem-se à volta da divisão, reparando em como a faculdade do toque é uma espécie de forma limitada e estática de visão). Nunca nos limitamos a olhar para uma coisa: estamos sempre a olhar para a relação entre as coisas e nós mesmos. A nossa visão é continuamente activa, move-se ... incessantemente, conserva continuamente as coisas num círculo que se forma à sua volta, assim compondo o que se dá como presente diante daquilo que somos. Pouco depois de termos começado a ver, tomamos consciência de que também podemos ser vistos. O olho do outro combina-se com o nosso próprio olho de modo a sermos parte do mundo visível se torne inteiramente credível. Se aceitarmos que podemos ver [...] ali, também inferimos que podemos ser vistos [...]. A natureza recíproca da visão é mais fundamental do que a da palavra no diálogo.[1] «Condorelli passou grande parte do seu tempo durante a residência na National Gallery dentro das salas da coleção fora do horário de funcionamento. Através deste processo, identificou as múltiplas formas de olhar que têm lugar no museu [...]. Como nos lembra John Berger, referindo-se ao facto de uma fotografia ser o resultado de uma série de decisões tomadas por um fotógrafo, "cada imagem incorpora uma forma de ver".»[2] «Foi através desta riqueza de imagens que comecei a compreender que o próprio museu é uma máquina de ver. Sabemos isto através da série televisiva de John Berger, Ways of Seeing (1972), que foi parcialmente filmada aqui [na National Gallery]; já em meados da década de 1970, Berger revelava o quanto somos condicionados por instituições que nos dizem como olhar e para onde olhar. Este trabalho relaciona-se com este desejo de tornar visível a história dos públicos e do olhar (e não tanto uma história da arte). No entanto, o museu está constantemente a reinventar e a dar continuidade a este modo de ver maquinal, produzindo incessantemente novos modos precetivos, a nível molecular e químico, a nível da informação de dados, a um nível tridimensional, e escondendo outros – à medida que se afasta do labor humano que permitiu a criação das imagens em primeiro lugar.»[3] Ao percorrer as galerias, Condorelli apercebeu-se de um outro tipo de olhar que a observava de volta. Ao reparar nos modelos dos vários retratos da Coleção, sentiu que estes olhares que fixavam o exterior não eram já estáticos e, através deles, intuiu o potencial imaginativo do seu testemunho junto do público que visitou a Galeria ao longo de gerações.[4] «Há um terceiro público que se revela quando começamos a passar muito tempo nas galerias: não são apenas os pintores, mas todos estes corpos que habitam as telas e nos perscrutam pelas salas. É um ponto de contacto com pessoas do passado que, de alguma forma, falam connosco, de tal modo que quando passeamos pela Galeria nos sentimos interpelados e, sem dúvida, observados.» Esta constatação lúdica serviu de mote para a curta-metragem de 16 mm produzida em colaboração com o cineasta Ben Rivers, e centrada nos olhares descendentes das figuras e dos animais nas pinturas e intercalada com clips de piões que se deslocam pelo chão da galeria. O pião enquanto brinquedo assumiu muitas formas e atravessou histórias e culturas de todo o mundo, e, enquanto modelo escultórico concebido para brincar, é um objeto que tem fascinado Condorelli. Ao introduzir os piões no espaço da galeria, a artista joga com uma forma de energia contida que anima brevemente o espaço e parece chamar a atenção dos olhares pintados.[5] BIO Céline Condorelli nasceu em Boulogne-Billancourt/Paris, França, e é uma artista franco-italiana que vive e trabalha em Londres (Reino Unido). Céline Condorelli foi Artista Residente da National Gallery, em Londres, em 2023. Condorelli vem desenvolvendo um corpo de trabalho extenso sobre as diferentes possibilidades de viver e trabalhar em conjunto, explorando noções como o espaço público, os bens comuns, as instituições e as relações de propriedade. A prática de Condorelli foca a exploração contínua dos elementos menos explícitos que compõem as estruturas através das quais os indivíduos encontram o mundo - sejam elas culturais, económicas, materiais, sociais ou políticas - os aparatos de visibilidade que são muitas vezes tomados como garantidos, e que a artista descreve como "estruturas de apoio". Céline Condorelli vive e trabalha entre Londres e Lisboa. Uma seleção de exposições e projectos inclui: Pentimenti (As Correcções), National Gallery, Londres, Reino Unido; Céline Condorelli: After Work, Talbot Rice Gallery, South London Gallery, Reino Unido (2022); Our Silver City 2094, Nottingham Contemporary, Nottingham, Reino Unido (2022); Dos años de vacaciones, TEA, Tenerife, Espanha (2021); Deux ans de vacances, FRAC Lorraine - Metz, França (2020); Ground Control, Bildmuseet, Umeå, Suécia (2020); Every Step in the Right Direction, Bienal de Singapura (2019); Art Encounters Biennial, Timisoara, Roménia (2019); Céline Condorelli, Kunsthaus Pasquart, Biel, Suíça (2019); Host / Vært, Kunsthal Aarhus, Dinamarca (2019); Zanzibar (escultura encomendada), King's Cross Projects, Londres, Reino Unido (2019); Geometries, Locus Athens, Grécia (2018); Anren Biennale, Chengdu, China (2018); Epilogue, P!, Nova Iorque, EUA (2017); Wall to Wall, Museum of Contemporary Art Leipzig, Alemanha (2017); Proposals for a Qualitative Society (Spinning), Stroom Den Haag, Haia, Holanda (2017); Corps à Corps, IMA Brisbane, Austrália (2017); Conversation Piece (esculturas comissionadas), MASP, São Paulo, Brasil; Bienal de Gwangju, Coreia do Sul (2016); Bienal de Liverpool, Reino Unido (2016); Bienal de Sidney, Austrália (2016); Display Show, Stroom den Haag, Eastside Projects, Temple Bar Gallery, Haia, Birmingham, Dublin (2015- 2016); bau bau, HangarBicocca, Milão, Itália (2014). ----------------------------- 1 John Berger, Modos de Ver, Antíguna 2018, p.18. 2 Priyesh Mistry, em Céline Condorelli, National Gallery 2023, p.24 3 Céline Condorelli, entrevistada por Priyesh Mistry, 2023 4 Priyesh Mistry, ibid. 5 Céline Condorelli, ibid. 6 Priyesh Mistry, ibid.

 

 

Entrada actualizada el el 17 abr de 2024

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