Os cinquenta anos que separam 1967 de 2017 pairam sobre a cultura brasileira como uma nuvem espessa e opaca. A passagem das cinco décadas é lembrada a partir de “Tropicália”, o penetrável de Hélio Oiticica exibido pela primeira vez na exposição “Nova Objetividade Brasileira”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Desde então, são múltiplas as narrativas que se propõem a dar conta do explosivo momento tropicalista. Entretanto, o ismo que acompanha (e asfixia?) os trópicos talvez nunca tenha imaginado sua alçada e longevidade, cercado por celebrações que oscilam entre a rememoração vazia e a reflexão crítica anêmica.
À luz do panorama político atual, “o terceiro mundo pede a bênção e vai dormir” se divide entre obras e registros históricos que tenham passado ao largo de uma narrativa canônica do movimento e obras contemporâneas que desafiam e propõem novas conversas sobre os signos da tropicalidade, antropofagia e subdesenvolvimento, em...suas diversas manifestações e flexões analíticas.
Obras e registros de: Ana Matheus Abbade, André Parente, Bárbara Wagner, Cristiano Lenhardt, Daniel Lie, Dominique Gonzalez-Foerster, Guerreiro do Divino Amor, Guga Ferraz, Hélio Oiticica, José Agrippino de Paula, Priscila Fiszman, Raphael Tepedino, Rogerio Sganzerla, Traplev, Vivian Caccuri, Walter Smetak.
Entrada actualizada el el 05 jun de 2017
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