Em sua primeira individual no Palais de Tokyo, decorrente de sua residência no SAM Art Projects em 2015, Héctor Zamora (Cidade do México, 1974) apresenta uma instalação performativa que evoca a desconstrução do universo simbólico e das esperanças relativas à ideia de navegação. Em "Ordre et Progrès" [Ordem e Progresso], o artista reúne, no espaço Orbe New York -cujas grandes janelas abrem-se para o Sena-, diversos barcos de pesca, que são lentamente desmontados, peça a peça, durante a duração da exposição.
Com curadoria de Vittoria Matarrese, "Ordre et Progrès" reativa uma ação realizada em 2012 em Lima (Peru), agora ressignificada pelo novo contexto histórico e territorial em que é apresentada. De acordo com o artista, "os barcos simbolizam a aventura e a descoberta, mas representam também a esperança de um abrigo ou a possibilidade de sobrevivência em um ambiente hostil. Se eles veiculam um imaginário alimentado por grandes epopeias históricas, hoje...eles são igualmente ligados à crise migratória". Com esta instalação, Héctor Zamora continua a refletir sobre as fragilidades de modelos socioeconômicos contemporâneos e sobre o naufrágio de parte do ideário ocidental moderno.
Entrada actualizada el el 18 abr de 2016
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