Exposición en Rio de Janeiro, Brasil

Os corpos são as obras

Dónde:
Despina - Largo das Artes / Rua Luis de Camões, 2 - Sobrado - Largo São Francisco / Rio de Janeiro, Brasil
Cuándo:
27 jun de 2017 - 04 ago de 2017
Inauguración:
27 jun de 2017
Organizada por:
Descripción de la Exposición
Esta exposição faz parte do projeto ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA, uma parceria da Despina com a organização holandesa Prince Claus Fund que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, workshops, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta segunda edição, o projeto tem como tema o CORPO. Em 1970, na abertura do 19º Salão Nacional de Arte Moderna (MAM-RJ), o artista Antonio Manuel se despiu e desfilou seu corpo nu pelo espaço, para apresentar seu corpo como uma obra que, mesmo não sendo selecionada pelo juri, ficou marcada como protesto contra as ações repressivas da ditadura militar – “um exercício experimental da liberdade”, nas palavras do crítico de arte Mário Pedrosa. Desde então, muitas foram as narrativas criadas em torno de ... “o corpo é a obra”, porém poucas mencionam que o artista executou a ação ao lado de outro corpo, semi nu: o de uma mulher, negra, de nome Vera Lúcia Santos. Enquanto isso, do outro lado da rua, a Divisão de Censuras da Diversão Pública (DCDP) proibia explicitamente a participação de travestis em espetáculos e bailes de carnaval, entre outras ações repressivas executadas para garantir a preservação da “moral e bons costumes”, valores reacionários que alicerçam a “família-cristã”. Na literatura, a escritora Cassandra Rios teve 36 de suas obras censuradas sendo duramente perseguida. Na televisão, o programa ‘Denner é um luxo’ foi vetado por ser, segundo documento oficial, “tóxico para a juventude e que falta firmeza homérica em sua ausência total de masculinidade”. Desde então, muita coisa mudou, mas nem tanto assim. Neste encontro estão presentes corpos sobre os quais regimes ditatoriais nunca deixaram de incidir, em diferentes medidas e desmesuras. Ditaduras que ganham novas formas, acobertadas pela falácia de uma democracia que serve ao patriarcado branco. Corpos atravessados por práticas normativas de uma sociedade classista, racista, patriarcal, machista, homolesbobitransfóbica que insiste em controlar nossos afetos, bucetas e cus. Assim sendo, este encontro propõe um diálogo entre algumas propostas dos anos 1970 e 1980 e uma geração de artistas e ativistas no Rio de Janeiro de hoje, trabalhando e repensando a ideia dos corpos-obra e obras-corpo como ferramenta política para desestabilizar normas e discursos hegemônicos. O título da exposição, que pluraliza o nome da obra a partir da qual esse debate é proposto, convoca a pensar em todos os corpos invisibilizados pela história, incluindo os muitos que não estão aqui presentes ou representados, pela história como ela nos foi contada. Um chamamento à navegação por entre-lugares de corpos nus, cronologias de liberdade, jornais, zines, canais de YouTube, lambe-lambes, reforçadores de unhas, manifestos, pinturas, faixas e cartazes, colares, pós-pornografia, cordéis, práticas do corpo, quadrilha junina, técnicas de autodefesa, práticas de naturismo, pornopiratarias, perfomatividades e troca de afetos. Por meio de proposições que nos convocam a pensar dissidências como potências representativas de resistências estéticas – enquanto movimentos de (re)fazer a si próprix, a um só tempo singular e múltiplo – passados e futuros se fazem presentes, em propostas polimórficas que confrontam e violam discursos normativos como ferramenta descolonizadora dos próprios corpos: ações micropolíticas de configuração de subjetividades transviadas. Depressa, por favor, é tarde! Participantes Andiara Ramos Ana Matheus Abbade Aleta Valente Anitta Boa Vida Bruna Kury Camila Puni Carlos Motta Coletivo Xica Manicongo Eduardo Kac Fabiana Faleiros Fabio Coelho FROZEN2000 Gabriel Junqueira Kleper Reis Lampião da Esquina Lyz Parayzo Maurício Magagnin Matheus Passareli Nathalia Gonçales Odaraya Mello Raquel Mützenberg Ricardo Càstro Tertuliana Lustosa Turma Ok Uhura Bqueer Vagner Coelho Ventura Profana & Jhonatta Vicente Victor Arruda Vinicius Rosa Vítor Franco Xanayanna Relux Programação da abertura Ação de Vitor Franco do Canal TransPosição Ocupação Sertransneja com leitura de cordel e quadrilha do Coletivo Xica Manicongo Bankinha de pornopirata, com Bruna Kury Alimenta Docuvenda: salgados laricas por Anitta Boa Vida e Odaraya Mello Pi Kombucha Tropical / colaboração consciente revertida para o Programa PreparaNem Programação ao longo da exposição (mais detalhes em breve) 01 de julho / 10.30h Oficina 0800 de auto-defesa a partir da técnica tailandesa Muay Thai. Com os grão-mestres Vagner Coelho e Fabio Coelho. Mais informações, por aqui. 04 de julho / 16h Performance: Maiêutica, com Raquel Mützenberg. Mais informações, por aqui. 04 de julho / 19:30h Pós-pornografia: Cine Clube Despina – curadoria e bate-papo por Andiara Ramos, Nathalia Gonçales e artistas. Mais informações, por aqui. 25 de julho / 19h Noite de corpos nus: nu mandatório, celebrando cem anos de Luz del Fuego, fuxico e práticas do corpo com Guilherme Altmayer e Kleper Reis. 27 de julho / 19h NAVALHA: Manicure show com Ana Matheus Abbade e convidadxs. 04 de agosto / 20h FINISSAGE: Encontro com artistas e marcha para o “Turma OK”, para noite de bingo, show com os melhores da casa em homenagem a Luana Muniz. Serviço “Os corpos são as obras’” Curadoria da exposição: Guilherme Altmayer e Pablo León de la Barra Data da abertura: 27 de junho, a partir das 19:00 Exposição continua até 4 de agosto Visitação de terça a sexta -feira, das 11 às 19 horas Local: Despina | Largo das Artes Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado, Centro – Rio de Janeiro, RJ Entrada gratuita Crédito da imagem Flâmula do Clube Social “Turma OK” (Foto: Guilherme Altmayer) Turma OK é um clube social gay que existe desde 1961 e é considerada o mais antigo grupo social LGBT do Brasil em atividade. Entre o ano de 1969 e 1975, o clube permaneceu fechado por causa das ameaças de violências repressivas do período da ditadura militar. Hoje instalado no sobrado de um pequeno prédio na Rua dos Inválidos, a casa promove reuniões entre os sócios, recebe convidados e apoiadores para almoços, noites de bingo e espetáculos de variedades, onde os shows de gogo boys e drag queens novatas e veteranas são a grande atração. Segundo José Carlos, atual presidente da casa, a grande maioria dos transformistas e travestis que se apresentam no Rio de Janeiro começou sua carreira no Turma OK.

 

 

Entrada actualizada el el 16 jul de 2020

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