Recorte da trajetória de 15 anos de Daisy Xavier, Pequenas Gravidades reúne mais de 70 obras de quatro séries da artista entre esculturas, desenhos, pinturas e fotografias. Nas duas primeiras séries, Último Azul e Arqueologia da Perda, móveis antigos da casa onde a artista passou a infância são equilibrados de forma precária e, em seguida, o mobiliário já aparece desmembrado, compondo novas e inusitadas formas. “Uma quase ficção”, segundo Daisy, que evoca questões como limites, memória, equilíbrio, desamparo, tensão e diluição. Na série Natureza em Expansão, folhas secas, troncos de árvores e galhos são reconstruídos artificialmente em prata, ouro ou latão e original e cópia estão em harmônica contiguidade. Por fim, em Pequenas Gravidades, sua produção mais recente e que dá nome à mostra, o uso de redes é retomado, mas agora elas são tecidas com fios metálicos, envolvendo e expandindo o espaço bidimensional das telas.