As obras selecionadas para a exposição funcionam como dispositivos de percepções espaciais por meio de reflexos óticos, interações digitais e audiovisuais, revelando o espaço a partir de reenquadramentos nas interfaces propostas pelas artistas. As peças sugerem novas camadas de visualizações para situações banais de nosso cotidiano, para imagens gravadas ou para o nosso próprio momento-presente. O vídeo-objeto móvel "Danaus _Plexippus" de 2011, uma das obras feitas em parceria pela dupla, é uma caixa de madeira afixada a um tripé deslizante. Ao aproximar o olho de uma fresta nessa caixa, pode-se enxergar o voo virtual de uma borboleta sobreposto à visão real do espaço ao redor. Um inventivo jogo de projeções, transparências constrói o efeito que tangencia a ideia de realidade ampliada.