Dez vídeos do artista, realizados entre 1983 e 1991, são o fio condutor para uma exploração do modo como a vertigem (que, em sua obra, é réquiem e é erotismo) impõe uma alteração nos corpos, que se desmontam, se remontam, se travestem, se fragmentam, se dissolvem, adoecem, morrem, persistem, pulverizados como relíquias, nas imagens.
A exposição pretende celebrar Rafael França apresentando não apenas trabalhos seus, mas buscando estabelecer diálogos com produções de alguns artistas de sua geração e também das gerações anteriores e posteriores, no Brasil e no exterior. Estão aqui presentes Mário Ramiro e Hudinilson Jr (seus parceiros no grupo 3Nós3), Leonilson, Alair Gomes, Letícia Parente, Luiz Roque, Bruno Mendonça, Fabiana Faleiros, Davi Pontes, Wallace Ferreira, Luis Frangella, David Wojnarowicz, Robert Mapplethorpe e Cibelle Cavalli Bastos. Para além dos artistas, propõe-se também estender o diálogo com escritores que estavam produzindo na mesma época que França ― Caio Fernando Abreu, Arnaldo...Xavier, João Gilberto Noll, Ana Cristina César e Roberto Piva ―, por meio de trechos selecionados de seus livros.
A curadoria da exposição é uma colaboração entre a escritora Veronica Stigger e a Galeria Jaqueline Martins.
Entrada actualizada el el 18 may de 2021
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