A obra explora a ideia duma teia que se ajusta ao espaço e a um retorno. O retorno enquanto regresso à natureza, na procura ininterrupta de um pensar que cruze ciclos e ritos, num objeto que se edifica pela repetição de elementos, estendendo-se numa malha que reconfigura o espaço num organismo vivo.
Constrói-se, não sobre a ideia de eternidade mas, sob um processo visível e metamorfósico da vivência dos autores numa aldeia de Trás-os-Montes, que os envolve num processo amplo e significativo das suas vidas.
A influência desta experiência marcada pelo território conduz esta obra para uma linguagem onde se expressa a ideia de transferência e do significado dos ciclos produtivos. Ao espectador é proposto ser um elemento agregado à obra no momento de observação do trabalho pela experiência de um objeto de sentar que o eleva desabrigado sobre as árvores que o norteiam.
Edificou-se um caminho, configurou-se um espaço, num exercício que...procura o diálogo entre o natural e o construído, tateando os limites duma obra efémera. Depois vem o silêncio sem retorno.
Entrada actualizada el el 28 jun de 2018
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