A maior exposição individual da artista em uma grande instituição do país. Reconhecida pelo enfrentamento de questões sociais que despontam da posição da mulher negra na sociedade contemporânea, a exposição "Rosana Paulino: A Costura da Memória", com curadoria de Valéria Piccoli e Pedro Nery, reúne obras produzidas entre 1993 e 2018, como Bastidores (1997) e Parede da Memória (1994-2015), decisivas do início de sua carreira. Estas remontam à sua narrativa pessoal e se apresentam como ponto de partida do percurso expositivo. A primeira traz, como no título, uma série de suportes para bordar com figuras de mulheres de sua família impressas em tecidos cujos olhos, bocas e gargantas estão costurados, indicando o emudecimento imposto às mulheres negras, muitas vezes fruto da violência doméstica. Ao revolver o início de sua história pessoal, Rosana Paulino observa que o problema da representação dos negros traduz-se na sua quase ausência nos mais variados aspectos...da vida dos brasileiros e na história, sobretudo na história das artes visuais.
Entrada actualizada el el 10 dic de 2018
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