A identidade americana é excludente. Na edificação do país, a cidadania era limitada a “brancos livres”. As leis evoluíram, mas esse conceito básico não. O igualitarismo na América não é uma flor que desabrocha suave e lentamente. Todo e qualquer passo nessa direção resultou de uma batalha feroz travada nas ruas e nos tribunais. The Land That Never Has Been Yet analisa esse legado. O trabalho centra-se nos desdobramentos da supremacia branca, tanto nas comunidades nas quais o poder foi negado, como na violência daqueles que defendem o status quo. As imagens deslocam-se desde o deserto da fronteira dos Estados Unidos / México até às ruas repletas de protestantes em Ferguson, Missouri, ou até à Casa Branca de Trump. A acompanhar as imagens estão os textos de Frank Wu, um importante académico na área da discriminação racial e direito, e presidente do Queens College na cidade de Nova York. A...exposição que se propõe combina vários elementos deste trabalho. Alguns são físicos, como jarros de água deixados por migrantes da América Central durante a travessia terrestre e mortífera para os EUA. A maioria dos elementos é fotográfica, incluindo fotos tipo Polaroid que mostram os descendentes vivos de Tom Whiteshirt, o único sobrevivente de uma comunidade de indígenas americanos massacrados em 1864. Uma segunda tipologia concentra-se nas pessoas que protestam contra o assassinato de Michael Brown, um homem negro, morto pela polícia. A exposição fecha com retratos de rainhas de concursos de beleza, pertencentes às comunidades que inicialmente viram negada a cidadania por causa da cor de pele, e que agora celebram a sua identidade. Esta obra terá um livro publicado pela GOST em meados de 2021.
Entrada actualizada el el 16 sep de 2021
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