Um imaginário termodinâmico Em agosto de 1709, Bartolomeu de Gusmão concretizava a primeira elevação de um objeto mais pesado que o ar. Este seria o primeiro balão de ar quente alguma vez realizado, precedendo os irmãos Montgolfier em oito décadas. Trezentos anos depois, o artista argentino Tomás Saraceno desenvolve esculturas que, desafiando a gravidade, flutuam no ar por via da incidência solar, abdicando de hélio ou combustível. Estas peças são a base de um projeto de investigação do artista intitulado Aeroceno – designação de um tempo em que a raça humana poderá vir a habitar estas estruturas aéreas. Na nova intervenção site-specific na Galeria Oval, o artista apresenta agora uma constelação de esculturas existentes e inéditas, cuja articulação permite vislumbrar a possibilidade de um urbanismo do “aeroceno” bem como a visão futurística de novas interações dos seres humanos com a atmosfera do planeta.
Entrada actualizada el el 20 mar de 2018
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