Exposición en Rio de Janeiro, Brasil

Travessias 2 - Arte Contemporânea na Maré

Dónde:
Galpão Bela Maré / Rua Bittencourt Sampaio, 169, Maré / Rio de Janeiro, Brasil
Cuándo:
13 abr de 2013 - 23 jun de 2013
Inauguración:
13 abr de 2013
Comisariada por:
Organizada por:
Descripción de la Exposición
Artistas: Arjan Martins, Cadu, Carlos Vergara, Daniel Senise, Ernesto Neto, Lucas Bambozzi, Luiza Baldan, Marcelo Silveira, Ratão Diniz y Vik Muniz.

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O Rio de Janeiro passa hoje por grandes mudanças urbanísticas, arquitetônicas, políticas, econômicas e culturais. Na verdade, toda grande cidade do mundo está sempre em permanente transformação, redefinindo suas fronteiras, reinventando-se a cada dia. Mas há uma singularidade na transformação que o Rio vive nesse momento, ela se dá em sintonia e simultaneidade com outras duas grandes mudanças planetárias: o surgimento de uma nova sensibilidade humana decorrente das recentes formas de comunicação e vida digital; e um novo desenho mundial com as nações emergentes mais fortalecidas.

 

O Rio hoje cresce dentro do seu próprio tamanho, sem empurrar suas fronteiras, apenas reinventando o próprio território, cresce na cabeça e na estima do cidadão. Um dos traços importantes dessa transformação é o movimento da cidade caminhando definitivamente ... para além da zona sul. O carioca pouco a pouco abandona o velho clichê tacanho e começa a perceber que a cidade é muito maior do que os bairros que beiram a praia. Novas regiões renascem e passam a ser compartilhadas pela população local e pelos visitantes. E é nesse momento de concílio com a cidade, de diálogo entre distintas formações sociais e econômicas, de conviver e entender as diferenças do outro, que a exposição Travessias 2 - Arte Contemporânea na Maré se coloca.

 

As perguntas que pairam no ar são: como viver em um mundo regido por diferenças, e qual o papel do artista nessa cidade que muda vertiginosamente?

 

Um ponto fundamental da exposição Travessias 2 é o seu caráter educativo, pois acreditamos que a aliança entre educação e cultura são pontos-chaves para a mudança social e política de qualquer sociedade.

 

A reunião dos artistas se dá pela qualidade de suas obras, pelo impacto visual e, mais do que isso, pelo poder de transformação do olhar que elas revelam. Estão reunidas as novas pesquisas sobre a ampliação da pintura (nas obras de Daniel Senise e Carlos Vergara) ou como este suporte se alia a um lirismo que revela a precisão dos gestos do artista e de seu olhar poético sobre cenas fotográficas colecionadas ao acaso (como nas obras de Arjan Martins). Há ainda a escultura que se lança ao espaço com um sentido de experimentação (nas obras de Cadu e Ernesto Neto), a apropriação e desconstrução da fotografia (Vik Muniz) e o modo como o uso documental dela é explorado pelos artistas visuais (nas obras de Luiza Baldan e Ratão Diniz) ou como ela se relaciona com a escultura (no caso de Marcelo Silveira), ou ainda a apropriação poética e política (nos vídeos de Lucas Bambozzi).

 

Essas obras se encontram aqui em torno da ideia de transformação, de uma cidade em trânsito. Sejam nas pequenas caixas/maquetes que ampliam a dimensão de salas e obras de importantes museus realizadas por Senise; nos aeromodelos de montar que Cadu subverte em sua prática escultórica; na obra mole de Neto que cria uma relação entre corpo, ritmo e música, alargando o conceito de escultura e criando um ambiente que é regido pela 'pele' e pelo som; ou nas colagens em formato lambe-lambe na obra de Silveira, compondo uma paisagem ou relevo de um território e memórias fictícias. A exuberância visual das obras de Vik Muniz atraem o espectador como num jogo de erros, há um embaralhamento e sobreposição de recortes de revistas formando uma segunda imagem que se constrói e desconstrói à medida que nos aproximamos ou afastamos das obras. Vergara decalca a cidade e faz dela um signo de sua própria história. Suas monotipias asseguram a permanência daquele lugar através do tempo, nos fazem perceber não apenas a ampliação o que pode ser chamado de pintura, mas aliam esse suporte a uma investigação sobre a própria memória do lugar. Baldan, Bambozzi e Ratão documentam, cada um a seu modo e por meio de distintos suportes, os indícios de uma cidade e de seus personagens que se reconstroem a cada instante. Nas obras desses três artistas, há uma proximidade entre o que está sendo visto e quem o vê, sem uma apelação ao clichê. É uma aproximação que se dá pelo afeto, pelo reconhecimento - em especial nas fotos de Baldan e de Multidão, de Bambozzi -, e não porque ambos estão em um estado de carência ou abandono (imagem e visitante). São obras celebratórias, definitivamente.

 

Dialogar e compreender o desconhecido ou o diferente na arte (as primeiras perguntas que fazemos quando estamos diante de uma obra de arte geralmente são: o que é isto? Para que serve?) é deslocar essa mesma relação para a nossa vida e, mais do que isso, compreender que aquele diálogo com o diferente pode moldar o nosso olhar e a nossa alma. Uma condição, por sua vez, que pode ser levada para qualquer relação interpessoal. Mais uma vez se coloca a questão: como compreender ou dialogar com aquilo que - aparentemente - é tão diferente de nós? Respondemos a esta pergunta com outra: mas não é exatamente isso o que passamos em todos os momentos da nossa vida? A arte quer preencher esse intervalo, possibilitar ao espectador uma visão ampla e democrática sobre o mundo, e fundamentalmente deixar claro que a diferença não é ruim, pelo contrário, é ela que possibilita a riqueza e a diversidade da nossa cultura e cidadania.

 

Travessias 2 - Arte Contemporânea na Maré é uma exposição que cria, desta forma, uma correspondência com novos sentimentos que atravessam a cidade: reinvenção, recuperação e transformação. As obras de arte aqui reunidas atuam na formação de um novo cidadão/espectador conectado com a descoberta das fronteiras móveis da cidade. O papel dos artistas hoje é tornar aparente a escala do mundo e seus fluxos que crescem sem parar.

 

 

 
Imágenes de la Exposición
Cadu

Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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