Exposición en Lisboa, Portugal

Vibrações Centrífugas

Dónde:
Museu da Lisboa - Pavilhão Branco / Campo Grande, 245 / Lisboa, Portugal
Cuándo:
20 abr de 2018 - 29 abr de 2018
Inauguración:
20 abr de 2018
Artistas participantes:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición
Sobre a exposição Performances: 20 e 21 de abril – 22h às 23h 22 abril – 17h às 18h Exposição: 20 a 29 abril Terça a domingo das 10h às 13h e das 14h às 18h. Vibrações centrífugas ou o «cantar dos búzios» Héctor Zamora (México, 1974) vive atualmente em Lisboa, onde em março de 2017 expôs a performance-instalação Ordem e Progresso, o segundo projeto site specific a ocupar a Galeria Oval do MAAT. Esta apresentação integrou a programação da primeira edição da BoCA – Biennial of Contemporary Arts e da Lisboa Capital Ibero-Americana de Cultura 2017, no âmbito da qual Zamora foi um dos artistas convidados a integrar o programa de residências artísticas promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, através das Galerias Municipais. É neste contexto que o projeto Vibrações Centrífugas começa a ser concebido e desenvolvido, num formato de pesquisa e experimentação próprio do exercício em regime de residência que previa inicialmente uma pequena apresentação no ateliê do ... trabalho desenvolvido nesse período e espaço. Surge, logo numa fase inicial, o convite ao compositor e músico Victor Gama (Angola, 1960) para assumir uma coautoria na conceção de todo o projeto sonoro, bem como a previsão de envolver um coro. Desde cedo se torna evidente a dimensão e complexidade do projeto, levando à sua transição do ateliê para o Pavilhão Branco. Vibrações Centrífugas é uma performance-instalação sonora, que se inspira na forma, movimento e som dos moinhos de vento tipicamente portugueses e, em particular, das cabaças de cerâmica que se lhes conhecem — os búzios. De vários tamanhos e com duas formas diferentes, estas peças são o engenho que permite ao moleiro medir através da ressonância que produzem a direção e intensidade do vento, e manobrar as velas para dele tirar o maior rendimento. A energia do vento aciona o movimento giratório do mastro e das varas onde estão fixos os búzios, cujo peso é responsável por equilibrar a referida rotação e que, posicionados estrategicamente na horizontal e com a boca de frente para o vento, cortam a direção em que este sopra, produzindo um som característico — o «cantar dos búzios», como é popularmente conhecido. Assim, a partir do interior do moinho, o moleiro é capaz de o manipular e alinhar na posição e na velocidade que mais otimiza e rentabiliza o seu desempenho. É destas peças e desta sonoridade que Héctor Zamora se apropria para criar, juntamente com Victor Gama, uma série de instalações escultóricas e sonoras. O som é o grande protagonista deste projeto, e múltiplas possibilidades e variações permitidas pela interação com os búzios são interpretadas, experienciadas, editadas e organizadas numa composição plástica. Mais uma vez, Zamora resgata para a sua prática artística um assunto emergente da contemporaneidade e cuja discussão parece adormecida ou dispensável. Na atual sociedade industrializada e de alta-tecnologia, assiste-se à extinção de artes e ofícios, técnicas, métodos, processos artesanais e tradições, como neste caso em concreto a moagem de cereais através de um aparelho mecânico movido pela força do vento, introduzido em Portugal no Século XVI. Joaquim Constantino, um dos protagonistas deste projeto, é proprietário de um moinho na pequena localidade de Casal do Moinho de Frade, na freguesia de Ventosa, em Torres Vedras, que serviu de base à investigação levada a cabo por Zamora e foi um importante instrumento no processo de produção artística. Constantino é um dos raros moleiros que, em Portugal, têm resistido à industrialização e produção massificada de farinhas. Com fascínio e paixão pelo «cantar dos búzios», mantém o seu moinho a operar segundo o sistema tradicional. Este está na sua família há duas gerações e é um claro exemplo da importância que estes equipamentos de engenharia avançada têm na história e cultura portuguesas. Em 2016, foi iniciado o processo de candidatura dos moinhos de vento típicos do Oeste português a Património Imaterial Nacional e da UNESCO, na tentativa de preservar a sua estrutura, funcionamento original e tradições. A paisagem desta região do país é fortemente marcada pela presença desvalorizada de moinhos de vento, na grande maioria em ruínas. A performance-instalação foi pensada a partir das características espaciais do Pavilhão Branco e, assim, está distribuída em três momentos distintos. Cada um deles representa uma ocupação física que é ativada como um dispositivo performativo e enfatiza a dimensão física que o som ganha no espaço, quer pelo preenchimento do vazio, quer pelo circuito/trajeto que percorre e define. A ação desenrola-se de forma itinerante pelos dois pisos, dividida em curtas atuações sucessivas que, quase autónomas umas das outras, são, na verdade, interdependentes e comunicantes, criando uma narrativa que no seu conjunto compõe o projeto. No piso térreo, onde a estrutura do edifício separa o espaço em duas salas simétricas, a performance divide-se em dois momentos. Em Movimento I, um coro de 24 músicos — divido em quatro naipes e dirigido por João Barros — interpreta uma composição de Victor Gama, a qual explora através da plasticidade da voz a sonoridade hipnotizante do «canto dos búzios». Na composição, é incorporada uma gravação áudio de 6 canais do verdadeiro som do moinho, captado e editado por Gama. O coro, posicionado em forma de círculo, convida o público a assistir do centro, de forma a fruir da ilusão da perspetiva audível e multidirecional causada pelo sistema de som surround e que as vozes, sincronizadas num movimento centrífugo, irão reproduzir. Em Movimento II, 4 performers acionam 4 instrumentos desenhados especialmente para este projeto, e em particular para esta exibição, que permitem a rotação de pequenas jarras ao longo do eixo longitudinal. São inspirados no bullroarer, um instrumento musical pré-histórico, do período do Paleolítico, utilizado em cerimónias e rituais. Possuía um mecanismo de rotação que lhe concedia uma vibração e som característicos, numa determinada frequência, capazes de atingir quilómetros, o que o tornou numa importante, sofisticada e fascinante tecnologia de comunicação a longas distâncias. À semelhança da manipulação do bullroarer, a cinesia circular e o som gerado são referências diretas ao moinho de vento, mas através de uma interpretação cuja intensidade sonora faz uso de uma escala e velocidade completamente diferentes. Movimento III propaga-se por todo o piso de cima, onde os intérpretes dão um autêntico concerto de percussão e sopro, cujos instrumentos são uma apropriação da variação completa de tamanhos e formatos de búzios e jarras que compõem um moinho. O arranjo «musical» proposto por Victor Gama inicia-se de certa forma estruturado, mas abre gradualmente espaço ao improviso e à participação do público. A audiência passa também a protagonizar a atuação, criando um ambiente de jam session e concedendo a esta peça um carácter interativo e provocativo que só assim a torna completa. A disposição das várias peças no espaço obedece à formação de círculos concêntricos, nos quais os búzios de maior dimensão se assentam deitados no chão e as jarras e búzios menores orbitam suspensos no teto, ganhando uma dimensão escultórica muito ligada aos códigos e formalidades de um ritual. A voz, o sopro, a percussão e o movimento centrífugo combinam-se numa performance que desperta os sentidos e propõe a redescoberta e reinvenção dos sons do vento. Como é habitual no trabalho de Héctor Zamora, a exposição é o resultado da ação. Evoca a memória do espaço, do tempo e das pessoas que determinaram um acontecimento, e cujo rasto nos sugere uma ausência da qual emerge uma nova presença. As suas obras pedem que sejam recebidas, vistas, ouvidas e experimentadas pelas pessoas num espírito de envolvimento social, como se naquele momento todas fossem uma pequena comunidade. Sílvia Gomes [ENG] Centrifugal Vibrations or ‘Song of the Gourds’ Héctor Zamora (Mexico, 1974) currently lives in Lisbon, where, in March 2017, he presented the performance-installation Ordem e Progresso, the second site-specific project to occupy the MAAT Oval Gallery. This presentation was part of the first edition of BoCA – Biennial of Contemporary Arts and Lisbon Ibero-American Capital of Culture 2017, in which Zamora was one of the artists invited to join the programme of artistic residencies promoted by Lisbon City Hall through the Municipal Galleries. It is in this context that the Centrifugal Vibrations project was conceived and developed, in a format of research and experimentation unique to the residency programme, which initially foresaw a small presentation of the work in the studio in which it had been developed. Composer and musician Victor Gama (Angola, 1960) was soon thereafter invited to take part in co-authoring the design of the entire sound project at the same time as the prospect of involving a full choir emerged. The size and complexity of the project was evident from early on, leading to its transferral from the studio to the Pavilhão Branco. Centrifugal Vibrations is a performance-sound installation inspired by the shape, movement and sound of traditional Portuguese windmills and, in particular, of the ceramic gourds closely associated with them called búzios. Of various sizes and appearing in two different shapes, these ingenious gourds allow millers to use the resonance they produce to measure the direction and intensity of the wind and then manoeuvre the windmill sails accordingly to obtain the highest energy yield. The energy of the wind activates the rotation of the blades and the rods on which the gourds are fixed, whose weight is responsible for balancing rotation. Strategically positioned horizontally and with their mouths facing the wind, the gourds cut against the direction of the blowing wind, resulting in a distinctive sound being produced – the ‘song of the gourds’, as it is popularly known. Thus, from the inside of the windmill, the miller is able to manipulate the blades and align them with the wind in such a way as to optimise and best profit from their operation. Along with Victor Gama, Héctor Zamora appropriated these objects and their sonority to create a series of sculptural and sonorous installations. Sound is the main focus of this project, while the multiple possibilities and variations created from interaction with the gourds are interpreted, experienced, edited and organised in a visual composition. Zamora’s artistic practice once again recovers an emerging subject of contemporaneity from a discussion that seemed dormant or unimportant. In today’s industrialised high-tech society, many arts and crafts, techniques, methods, handicrafts and traditions face extinction, and such is the case with these wind-driven mechanical milling devices introduced in Portugal in the 16th century. Joaquim Constantino, one of the protagonists of this project, owns a mill in the small town of Casal do Moinho de Frade in the parish of Ventosa, in Torres Vedras, which served as a basis for Zamora’s research and which was an important instrument in the process of artistic production. Constantino is one of the few millers in Portugal who have resisted industrialisation and the mass production of flour. With a fascination and passion for the ‘song of the gourds’, he maintains his mill in operation according to the traditional system. The mill has been in his family for three generations and is a clear example of the importance that this advanced engineering equipment has had in Portuguese history and culture. In 2016, the application process for the inclusion of the traditional western Portuguese windmills for National and UNESCO Intangible Heritage listing was undertaken in an attempt to preserve their structure, original functioning and traditions. The landscape of this region of the country is strongly marked by the long-undervalued presence of windmills, the vast majority of which sit in ruins. This performance-installation was conceived for the spatial characteristics of the Pavilhão Branco and, thus, was developed in three distinct movements. Each of them represents a physical occupation that is activated as a performative device, emphasising the physical dimension taken on by sound in the space, either by filling the void or through the circuit/pathway it traverses and defines. The actions unfold in an itinerant way on the two floors, divided into short successive performances that, while seeming almost autonomous, are in fact interdependent, creating a narrative that makes up the project. On the ground floor, where the structure of the building separates the space into two symmetrical rooms, the performance is divided into two movements. In Movement I, a choir of 24 – divided into four suits and directed by João Barros – performs a piece by Victor Gama, exploring through the plasticity of the voice the hypnotising sonority of the ‘song of the gourds’. The composition incorporates a 6-channel audio recording of the actual sound of the mill, captured and edited by Gama. The choir, positioned in a circle around the perimeter, invites the audience to experience the performance from the room’s centre, with their voices creating the illusion of a multidirectional surround sound system in synchronised centrifugal movement. In Movement II, 4 performers use 4 instruments specially designed for this project, and in particular for this exhibition, rotating small jars along a longitudinal axis. These instruments are inspired by the bullroarer, a prehistoric musical instrument from the Paleolithic period, used in ceremonies and rituals. The bullroarer had a rotating mechanism that gave it its characteristic vibration and sound which, at a certain frequency, was capable of being heard from kilometres away, making it an important, sophisticated and fascinating long-distance communication technology. Similar to the manipulation of the bullroarer, the circular kinetics and sound generated are direct references to the windmill, but with an interpretation in which the sonic intensity makes use of a completely different scale and speed. Movement III takes place on the upper floor, where the performers give an authentic wind and percussion concert with instruments appropriated from the various shapes and sizes of a mill’s gourds and jugs. The ‘musical’ arrangement proposed by Victor Gama begins with a certain structure that gradually opens up the space. The arrangement of the various pieces in space corresponds to the formation of concentric circles, in which the larger gourds sit on the floor while smaller jars and gourds are suspended from the ceiling, creating a sculptural dimension closely linked to the codes and formalities of ritual. The voices, wind instruments, percussion and centrifugal movement combine to create a performance that awakens the senses and proposes the rediscovery and reinvention of the sounds of the wind. As usual in Héctor Zamora’s work, the exhibition is the result of action. It evokes the memory of space, of time and of people who have determined an event, and whose traces suggests an absence from which a new presence emerges. His works must be received, seen, heard and experienced by people in a spirit of social involvement, as if at that moment they constitute a small community. Sílvia Gomes Biografia Héctor Zamora Nascido no México em 1974, trabalha em Lisboa desde 2016. Alguns dos seus maiores trabalhos foram apresentados no espaço público, incluindo Ensaio sobre o Fluido, uma intervenção no prédio da escola de música do arquiteto Vittorio Garrati, 12.ª Bienal de Havana, 2015; Errante, um jardim suspenso sobre o rio Tamanduateí, São Paulo, Brasil, 2010; Delírio Atópico, intervenção pública na Av. Jimenez, em Bogotá, Colômbia, 2009; Paracaidista, Av. Revolución 1608bis, um abrigo construído na fachada do museu Carrilo Gil, Cidade do México, México, 2004. Algumas das suas exposições individuais mais importantes são: Ordem e Progresso, MAAT, Lisbon, Portugal, 2017; Memorándum, Museo Universitario del Chopo, Mexico City, Mexico, 2017; Dinâmica Não Linear, CCBB São Paulo, Brazil, 2016; Ordre et Progrès, Palais de Tokyo – SAM Art projects, Paris, France, 2016; La réalité et autres trumperies, Frac des Pays de Loire, Nantes, França; Paradigma Panglossiano, Redcat, Los Angeles, CA, EUA, 2012; Reductio Ad Absurdum, Architecture + Art, SMoCA, Scottsdale, Arizona, EUA, 2012; Inconstância Material, Galeria Luciana Brito, São Paulo, Brasil, 2012. Participa actualmente na 11.ª Bienal de Mercosul, Porto Alegre, Brasil, 2018. Participou na 4.ª Ural Industrial Biennial, Ekaterinburg, Rússia, 2017; 14.ª Lyon Biennale, Lyon, France; na 8.ª Bienal de Escultura de Shenzhen, China, 2014; na 13.ª Bienal de Istambul, Turquia, 2013; na 53.ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, Itália; no Encontro Internacional de Medellín 2007 (MDE07), Colômbia; na 27.ª Bienal de São Paulo, Brasil; na 12.ª Bienal Internacional do Cairo, Egito; na Bienal Busan 2006, Pusan, Coreia do Sul, 2006; e na 9.ª Bienal de Havana, Cuba. Apresentou trabalhos nas seguintes exposições coletivas: Buildering: Misbehaving the City, Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary, Cincinnati, Ohio, EUA; PER/FORM, CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid, Espanha, 2014; Blind Field, Krannert Art Museum, University of Illinois, Champaign, Illinois, EUA, 2013; Resisting the Present, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris/ARC, França, 2012; e Disponible, San Francisco Art Institute, São Francisco, Califórnia, EUA, 2010; entre outros. Foi um dos membros do BMW Guggenheim Lab Mumbai, Índia, 2012-13. Victor Gama Victor Gama nasceu em Angola em 1960. É compositor, músico e criador de instrumentos contemporâneos. No seu trabalho de permanente pesquisa, faz uso de elementos dinâmicos e variáveis que surgem num processo de composição que inclui a concepção, design e construção dos instrumentos com que a obra é executada, dando assim origem ao instrumentário e instalações da série INSTRMNTS. Como resultado, tem vindo a atrair encomendas por parte de ensembles e instituições como a Chicago Symphony Orchestra, os Kronos Quartet, o National Museums of Scotland, o Kennedy Center em Washington, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Tenement Museum de Nova Iorque ou a Prince Claus Fonds da Holanda. Desenvolve, desde 1997, o primeiro arquivo digital de música e músicos do interior de Angola, o projeto Tsikaya – Músicos do Interior. Entre várias obras escritas para os seus instrumentos e orquestra de câmara escreveu recentemente a ópera multimédia 3 mil Rios que apresentou em Amesterdão, Lisboa e Bogotá. Formado em Engenharia Eletrónica, tem um mestrado em Organologia e Tecnologia da Música pela Universidade Metropolitana de Londres e foi recentemente artista residente na Universidade de Stanford e no MIT, em Boston. Entre trabalhos editados encontram-se o álbum Pangeia Instrumentos produzido por Aphex Twin para a Rephlex Records e Naloga editado pela PangeiArt. [ENG] Héctor Zamora Born in Mexico in 1974, he has worked in Lisbon since 2016. Some of his major works have been presented in public spaces, including An Essay on Flow, an intervention in the building of the music school of architect Vittorio Garrati at the 12th Havana Biennale, 2015; Errant, a garden suspended over the Tamanduateí river, São Paulo, Brazil, 2010; Atopic Delirium, a public intervention at Av. Jimenez, Bogotá, Colombia, 2009; Paracaidista, Av. Revolución 1608bis, a shelter built on the façade of the Carrilo Gil museum, Mexico City, Mexico, 2004. Some of his most important solo exhibitions are: Ordem e Progresso, MAAT, Lisbon, Portugal, 2017; Memorándum, Museo Universitario del Chopo, Mexico City, Mexico, 2017; Dinâmica Não Linear, CCBB, São Paulo, Brazil, 2016; Ordre et Progrès, Palais de Tokyo – SAM Art projects, Paris, France, 2016; La réalité et autres trumperies, Frac des Pays de Loire, Nantes, França, 2015; Paradigma Panglossiano, Redcat, Los Angeles, CA, EUA, 2012; Reductio Ad Absurdum, Architecture + Art, SMoCA, Scottsdale, Arizona, EUA, 2012; Inconstância Material, Galeria Luciana Brito, São Paulo, Brasil, 2012. He currently participating in the 11ª Bienal de Mercosul, Porto Alegre, Brasil, 2018. Participated in the 4th Ural Industrial Biennial Ekaterinburg, Rússia, 2017; in the 14th Lyon Biennale, Lyon, France, 2017; in the 8th Shenzhen Sculpture Biennale, China, 2014; in the 13th Istanbul Biennale, Turkey, 2013; in the 53rd International Biennale of Art in Venice, Italy, 2011; in the Encuentro Internacional de Medellín 2007 (MDE07), Colombia; in the 27th São Paulo Art Biennale, Brazil, 2006; in the 12th Cairo International Biennale, Egypt, 2010-11; in the Busan Biennale 2006, Busan, South Korea, 2006; and in the 9th Havana Biennial, Cuba, 2006. He has presented work in the following collective exhibitions: Buildering: Misbehaving the City, Lois & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art, Cincinnati, Ohio, USA; PER/FORM, CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid, Spain, 2014; Blind Field, Krannert Art Museum, University of Illinois, Champaign, Illinois, USA, 2013; Resisting the Present, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris/ARC, France, 2012; and Disponible, San Francisco Art Institute, San Francisco, California, USA, 2010; among others. He was one of the members of the BMW Guggenheim Lab Mumbai, India, 2012-13. Victor Gama Victor Gama was born in Angola in 1960. He is a composer, musician and creator of contemporary instruments. In his work of permanent research, he makes use of dynamic and variable elements arising in the composition process, including the conception, design and construction of the instruments with which the work is executed, thus giving rise to the INSTRMNTS series of instruments and installations. He has attracted commissions from ensembles and institutions such as the Chicago Symphony Orchestra, Kronos Quartet, National Museums of Scotland, the Kennedy Center in Washington, the Calouste Gulbenkian Foundation, the Tenement Museum in New York and the Prince Claus Fund in the Netherlands. Since 1997, he has developed the first digital archive of music and musicians from inland Angola with the Tsikaya – Músicos do Interior project. Among several works written for his instruments and chamber orchestra, he recently wrote the multimedia opera 3 mil Rios, which he has performed in Amsterdam, Lisbon and Bogotá. Trained as an electronic engineer, he has a master’s degree in Organology and Music Technology from the Metropolitan University of London and has recently been artist-in-residence at Stanford University and MIT in Boston. His published works include the album Pangeia Instrumentos, produced by Aphex Twin for Rephlex Records, and Naloga, published by PangeiArt. Previous

 

 

Entrada actualizada el el 05 nov de 2019

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