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A paisagem submete-se à arquitetura. O homem, como animal urbano, apropria-se da natureza, impondo-lhe formas, estruturas, movimento, som. Uma ponte, uma estrada, um edifício, um jardim, circuitos, chegando ao paradigma final que é a própria cidade.
A cultura muda, mudam os meios técnicos, as relações com as formas físicas do território adequando-se à necessidade e interesse dos homens em cada momento. Com efeito, por um lado, de estar no espaço 'fisicamente construído' e das necessidades biológicas
... universais. Talvez isto seja o que precisamos reconhecer como condições básicas primárias para escutar a paisagem.
A chegada da fotografia e a sua utilização como linguagem artística e profissional serviu, entre outras muitas coisas, para alterar definitivamente a ideia de género da paisagem. Se na pintura clássica o género reflete tímida e escassamente a criação e evolução da cidade, a fotografia encargar-se-á de reclamar esse modelo de mudança, diferente. A cor, a ideia canónica de beleza ver-se-á assim alterada pela chegada de uma grande variedade de conceitos estéticos nos quais o ressurgir da arquitetura será um elemento chave. O branco e preto e os cinzentos, as luzes e as sombras, a ausência de pessoas, o protagonismo dos edifícios civis, a ideia de paisagem como linha de edifícios... Hoje em dia é a fotografia a que evolui e explora um género que já é uma ideia: a paisagem.
Urbscapes: Espaços de Hibridização, mostrará a obra de diferentes artistas fotógrafos cujos trabalhos estão relacionados com a paisagem e a arquitetura partindo de uma visão linear do tempo, onde coexistem o natural e o edificado. A exposição analisa as intenções e intervenções que se foram sucedendo na paisagem nas distintas escalas do território, sem esquecer as propostas líricas que saboreiam o aroma da paisagem com outros parâmetros.
Representações da destruição da paisagem e sua própria desnaturalização, a marca da transformação urbana dos bairros, uma cidade fantasma capaz de conservar uma última presença das vidas e das histórias, mesmo antes da sua definitiva desaparição. Lugares míticos que construíram a nossa história e que agora se presentam como aprazíveis campos de cultivo ou desertos rochosos. Reflexões sobre o mutismo e a mutilação que parte da vulnerável relação vital entre o homem e o seu ambiente natural. Retratos da ausência de vida como um chamar de atenção e cuidado face ao ecossistema. Melancolia face à velocidade que caracteriza a sociedade atual. A colisão entre a paisagem urbana e a rural. A reconstrução do ambiente urbano e a Natureza como paisagem. A presença natural nas cidades. A divulgação do pensamento sustentável e da proliferação de discursos respeitosos com o medio ambiente. A dominação da natureza selvagem sobre o abandono e o devir histórico. É a presença visível da mudança.
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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