Porto, cidade onde nasci e onde vivi quase sempre, não poderia deixar de marcar o meu modo de ver e de ser, de forma indelével.
Paisagem peculiar pelas suas atmosferas de luz etérea, de neblinas envolventes, de fortes maciços graníticos, de agreste matéria, numa relação contínua entre um rio que não se deixa 'oprimir pelas suas margens'. O Porto é único! Há 45 anos que pinto paisagens e que, com elas, dialogo. Hoje, quase só são memórias dos lugares. O resto são construções metódicas, despojadas do supérfluo, onde a geometria resulta da maneira de ver e do modo de construir.
Porto de Silêncios, porque para mim, o silêncio também é uma condição necessária à contemplação. No meu trabalho, procuro contrapor-me ao ruído que nos rodeia pela mediatização da informação, ao espalhafato formal do
... exagero, ao consumismo efémero, características do mundo odierno. Guardo o silêncio para ouvir a música, mesmo a música feita de silêncios.
O vazio é tão importante quanto a forma. Este Porto também é, por isso, um porto-abrigo que nos permite pela essencialidade das coisas sonhar a cidade.
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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