A galeria Arte Aplicada expõe Ar Livre, de Marco Aurélio Rey, com curadoria de Sabina de Libman, exibindo 17 pinturas com inspiração em paisagens, tanto campestres quanto citadinas, que representam momentos ao mesmo tempo simples e mágicos captados pelo olhar do artista. Nas obras dessa série, Marco busca a essência da vida, sensações e emoções aos quais nos remetem tais cenas.

Os trabalhos que compõem essa mostra são elaborados sobre o suporte papel, material com o qual o artista vem trabalhando nos últimos 15 anos. 'Uso o guache pela possibilidade de usar uma pincelada leve, forte e rápida e por conta do resultado que tenho, com ela e suas cores', conta. Algumas dessas obras são marcadas pelo forte contraste de preto e branco, enquanto outras impactam uma miscelânea de cores.

Ar Livre apresenta uma seleção de trabalhos recentes ... do artista, feitos nos últimos dois anos. Alguns deles se unem em dípticos, que podem ser 'lidos' como duas obras distintas ou uma única obra.

Grande inspiração para as obras de Marco Aurélio Rey são os constantes movimentos de transformação que observa ao seu redor, que despertam no artista algum sentimento, que, codificado e com as cores devidamente organizadas em sua retina, o leva ao ímpeto de produzir. Fiel a seu próprio senso de percepção, Marco é um artista que pinta suas verdades. 'Penso em como estou, no que sinto naquele instante. Muitas vezes escrevo sobre isso antes de criar', relata.

Embora em alguns momentos o artista já tenha em mente as sensações que pretende exprimir antes mesmo de dar a pincelada inicial, em outros, contudo, elas aparecem com a elaboração já em andamento, de maneira espontânea.

A forte presença da natureza nos trabalhos do artista revela uma intensa preocupação com uma questão da vida na qual muitas vezes deixamos de pensar: o nosso futuro. Em Ar Livre, Marco Aurélio Rey pinta com o objetivo de 'alertar ao mundo o que poderemos não ter, ou nossos descendentes: a vida natural', como ele mesmo diz.