Exposición en Lisboa, Portugal

Atirar a albarda ao ar

Dónde:
Galeria 111 - Lisboa / Rua Dr. João Soares, 5B / Lisboa, Portugal
Cuándo:
12 ene de 2013 - 09 mar de 2013
Inauguración:
12 ene de 2013
Organizada por:
Artistas participantes:
Descripción de la Exposición

Júlio Pomar volta à 111, dez anos depois da sua anterior mostra individual na Galeria, trazendo a Lisboa a exposição de pinturas recentes 'Atirar a albarda ao ar', apresentada em Novembro na Cooperativa Árvore, no Porto, no contexto da atribuição do Prémio de Artes Casino da Póvoa 2012.

 

O título explicou-o o artista como 'uma forma simples de dizer basta', associada à difícil situação do país - porque, como disse numa entrevista (Jornal de Notícias, 9/11/2012), 'tenho olhos e ouvidos abertos'. 'É uma reação intuitiva à crise, uma rejeição da fatalidade', acrescentou Pomar.

 

A albarda do título também se liga diretamente à presença do burro em vários destes quadros, com a entrada de mais um animal no bestiário do pintor, que surgiu muito cedo na sua obra e em que se contaram antes ... os macacos, tigres, corvos e porcos, entre outros 'animais de estimação' que podem ser também referências literárias e mitológicas.

 

O burro é aqui um novo personagem que aparece a 'atirar a albarda ao ar' e também está associado com humor aos temas do fado de uma série recente de retratos ('Burro tocando guitarra'), mas é igualmente a montada de Sancho Pança, que regressa em mais uma visita livremente imaginária ao romance de Cervantes, ilustrado por Júlio Pomar pela primeira vez em 1957-59 e de novo em 2005 para uma edição do Expresso, da qual se mostram alguns desenhos.

 

Várias das obras expostas, todas elas muito recentemente concluídas, constituem assim um regresso a temas e séries presentes na obra de Pomar ao longo do tempo. Além de D. Quixote e Sancho Pança e dos animais recriados como personagens de ficção, é o caso da tauromaquia ('Um ferro de palmo'), de mais um auto-retrato (duplo) e do retrato de Fernando Pessoa, que aqui surge acompanhado de Alfredo Marceneiro. E se a apropriação de um dos mais famosos quadros de Vermeer, 'A Arte da Pintura', é aqui uma significativa novidade ('Diálogo entre a Pintura e o Real Imaginado'), também é certo que o diálogo com grandes nomes da pintura ocidental, nomeadamente com Goya, Ingres, Chardin, Courbet e Cézanne, tem sido sempre ponto de passagem importante do itinerário do artista.

 

O reencontro com momentos fortes da carreira do pintor acontece com a novidade das invenções sempre inesperadas, com a ironia de quem revê e renova um itinerário de muitas décadas, ao mesmo tempo que um longo trabalho da pintura, feito de sobreposições e rasuras, acasos, ocultações e aparições, em cada quadro saído do atelier, aparece sempre com a frescura e a espontaneidade de um trabalho 'in progress' ou subitamente suspenso.

 

Na última década a obra de Júlio Pomar foi objeto de importantes antologias e retrospetivas que tiveram lugar nomeadamente em 2004 no Sintra Museu de Arte Moderna - Coleção Berardo ('Autobiografia', comissariada por Marcelin Pleynet) e no Centro Cultural de Belém ('A Comédia Humana', por Hellmut Wohl), e em 2008 no Museu de Serralves ('Cadeia da Relação', por João Fernandes), incluindo em todos os casos obras inéditas ou não mostradas em Portugal.

 

Outras mostras antológicas ou temáticas foram vistas em Istambul ('The Painting of the Other') e Amarante (Grande Prémio Amadeo de Souza Cardoso), ambas em 2003; Tavira ('Retratos e Ficções - Júlio Pomar e a Literatura'), em 2006; Matosinhos ('Fundação Júlio Pomar - Primeira escolha', 2007); na Pinacoteca do Estado de São Paulo ('Júlio Pomar: um artista português'), 2008; e em Bragança em 2010 (Centro de Arte Contemporânea Graça Morais).

 

Entretanto, o artista mostrou uma nova série de esculturas em bronze em 2004, em 'Fables et Fictions', Gal. Le Violon Bleu, Sidi Bou-Said, Tunísia; cerâmicas no Museu do Azulejo ('Rafael Bordalo Pinheiro!?') em 2005, e em 2009 no Centro Cultural Gulbenkian de Paris; esculturas e assemblages inéditas em 'A Razão das Coisas', na Casa de Serralves em 2008 - depois itinerante - com as respetivas fotografias por Gérard Castello Lopes e José Manuel Rodrigues.

 

Júlio Pomar expôs em Paris, na Galerie Patrice Trigano, 'Trois travaux d'Hercules et quelques chansons réalistes', em 2002; 'Méridiennes - Mères Indiènnes', em 2004, e 'Nouvelles aventures de Don Quixote et Trois (4) Tristes Tigres, em 2009, e apresentou algumas novas pinturas recentes na mostra 'Ecos do Fado', em Lisboa, já em 2012.

 

 

 
Imágenes de la Exposición
Júlio Pomar, Diálogo entre a pintura e o real imaginado, 2012

Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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