Descripción de la Exposición
Pedro Cera tem o prazer de apresentar a primeira exposição de Bruno Pacheco na galeria.
A política da pintura é a base da prática de Pacheco, fazendo da pintura não apenas o principal suporte sobre o qual
os trabalhos do artista são concebidos mas também o seu principal tema, repensando modos tradicionais de display,
percepção e construção de temas.
Rompendo com tradições modernas de concepção de exposições, as paredes do white cube desaparecem no fundo
de uma vasta instalação, onde as pinturas estão montadas em estruturas de suporte, emprestando-lhes uma nova
vida e activando-as através do movimento do visitante ao longo do espaço da galeria. Este princípio havia já sido
explorado em “One”, exposição que Pacheco apresentou o ano passado no Ampersand. Neste contexto a hierarquia
é abalada, com a parte da frente da pintura ocupando um lugar tão importante quanto a superfície crua e não tratada
da parte de trás. Um certo sentido do sagrado, habitualmente associado à pintura, é eliminado através do display e
dos motivos representados nestes trabalhos. As pinturas são instaladas de maneira a que as obras maiores sirvam
de estruturas de suporte e até mesmo de fundo para pinturas mais pequenas, delineando uma vasta rede de relações
em transformação, em que a impermanência da narrativa é impulsionada pelo movimento e pela perspectiva em
constante mudança do espectador, enquanto ele/a se move entre as pinturas e através da exposição.
Apesar da aparente aleatoriedade dos seus temas, especialmente em obras que representam objectos da vida
quotidiana, muitos trabalhos em Borrasca têm uma relação com motivos oriundos da pintura clássica, examinando
a construção do tema ao longo da história. Ao apropriar-se de motivos da história da pintura, Pacheco analisa
de que modo o gesto da pintura, a paleta de cores, a composição, ou a fragmentação influenciam a construção
da narrativa e como as imagens são retratadas e percepcionadas ao longo do tempo. Separando o motivo do seu
contexto inicial, expandindo ou distorcendo-o, retirando alguns dos seus elementos ou justapondo-os contra outra
imagem, a abordagem de Pacheco faz lembrar de muitas maneiras os modos digitais de construção de conteúdo,
baseados numa cadeia associativa, onde uma coisa leva a outra, e em que o conteúdo é criado através de estruturas
rizomáticas e não por uma abordagem linear à narrativa.
À semelhança da imagem digital, também aqui as imagens permanecem anónimas, tal como os seus temas, ganhando
assim uma nova vida. Enraizadas na sua própria realidade do quotidiano e na sua história, a sua representação e
exposição negam ao espectador o acesso à verdadeira narrativa de cada pintura, produzindo uma multiplicidade de
interpretações materializada, por um lado, pelo processo pictórico, e, por outro, pelo movimento que o envolvimento
físico com estas obras implica. Através da sua percepção, o espectador torna-se protagonista das pinturas de
Pacheco ao mesmo tempo que participa no esbatimento dos limites entre interior e exterior destas obras.
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Bruno Pacheco trabalha entre Londres e Lisboa. Expôs na 31ª Bienal de São Paulo, Bienal de Sarjah, Culturgest
(Lisboa), Van Abbemuseum (Eidenhoven), Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto), Whitechapel Gallery
(Londres), entre outros. As suas obras integram as colecções da Fundação Calouste Gulbenkian – CAM (Lisboa),
Fundação de Serralves (Porto), Kadist Art Foundation (Paris), The UBS Art Collection (Londres), Van Abbe Museum
(Eidenhoven), Sharjan Arts Foundation collection e do MCA – Museum of Contemporary Art Chicago collection, entre
outras.
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