Marijke van Warmerdam é bem conhecida pelos seus pequenos filmes em loop, nos quais explora a intensa visualidade dos seus motivos, criando uma situação para além das narrativas que a possam contar ou descrever. Objectos banais e acções quotidianas conquistam a qualidade de um encantamento hipnótico que as transfigura perante quem as possa conhecer. A sua obra convida também a uma nova forma de ver através das intervenções mínimas das suas esculturas, obras fotográficas e pinturas. Uma particular eloquência advém nestas obras de uma sua extrema simplicidade.

A obra de Marijke van Warmerdam é apresentada em Portugal pela primeira vez, se bem que até agora tenha sido apresentada em numerosas exposições internacionais como as Bienais de Veneza, Sydney, Berlim e Gwangju, assim como na Documenta X, em Kassel. Os seus trabalhos encontram-se em numerosas colecções internacionais: Centro Georges Pompidou em Paris, Stedelijk Museum em Amesterdão, Museu de Arte Moderna de Kanazawa no Japão, e Castello di Rivoli, em Turim. A exposição é comissariada pelo conhecido curador e professor Jan Debbaut, anterior director das Colecções da Tate Modern.

Conjuntamente com esta exposição é editado um livro sobre a artista com contributos de Maarten Doorman, Philippe-Alain Michaud, Fiona Bradley e Michaela Unterdörfer.