Descripción de la Exposición Apresenta-se desta feita um conjunto de pinturas (obra sobre papel) que, e segundo o próprio artista, deverão ser vistas como um percurso paralelo, e não oposto, ao trabalho que de uma forma mais imediata o identifica, as suas pinturas (sobre tela) matéricas, densas e volumosas, onde explora ao limite os materiais e cujo resultado poderá ser visto como uma inferência de acaso e intenção num processo incessante, como as que nos apresentou na sua última exposição na Galeria Fernando Santos sob o título Pele Atrasada. Ambas as linhas de trabalho, pintura sobre papel/pintura sobre tela, têm no artista uma origem muito próxima, a tradição da pintura; poderão distinguir-se, no entanto, e unicamente pela aparência imediata, pelo carácter de representação e construção de uma imagem em função da observação, ou dito de outro modo, a tradição da figuração por um lado, e a inexistência de obrigatoriedade de representação de uma qualquer realidade, ou dito de outro modo a tradição da abstracção, por outro. ----------------------- Acerca desta e de outras problemáticas actuais, o próprio artista reflecte: 'Espera-se do pintor uma explicação? Algumas palavras que ajudem a entender? Mas entender o quê? Ou tudo o que se pede é apenas uma decorativa moldura de palavras? Na sua 'irónica' teoria da arte, Ad Reinhardt caricaturava a necessidade demonstrada pelo cidadão comum, de saber o que uma pintura abstracta significava. Anos mais tarde Philip Guston, na altura já pintor ex-abstracto, insurgia-se contra a pergunta What's that?, que o critico Tom Hess lhe dirigiu frente a uma das suas novas pinturas figurativas. Respondeu-lhe Guston: For Christ's sake Tom, if this were eleven feet of one color, with one band running down on the end, you wouldn't ask me what it was. Recentemente o pintor inglês Frank Auerbach declinou o convite que lhe tinha sido dirigido para participar num programa televisivo intitulado Desmistificar a Pintura, argumentando que a pintura era um ofício misterioso e que nada havia a desmistificar. Acrescentava repudiar a concepção do pintor como um sujeito abordável, que por acaso pintava. Ser pintor é ser outrem (homeless, como Greenberg dizia dos que não lhe seguiam a palavra). É ser-se a mão estrangeira lentamente a emigrar para a que pinta. E a razão porque se faz, ou antes, a obsessão de pintar, é (roubando as palavras a uma aula de Levinas intitulada A Subjectividade como An-Arquia) um desequilíbrio, um delírio que surpreende a origem, que se levanta mais cedo do que a origem. Desde amanhã.' João Jacinto, 29 de Maio de 2012
Premio. 11 abr de 2025 - 16 may de 2025 / Bilbao, Vizcaya, España
Ayudas 2025-26 para la realización de proyectos artísticos con cesión de estudio en Bilbao Arte
Exposición. 14 may de 2025 - 08 sep de 2025 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España
Formación. 30 oct de 2025 - 11 jun de 2026 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España