Revelado pelo projeto Bolsa Pampulha em 2015/2016, Efe Godoy desenvolve uma pesquisa efervescente envolvendo as linguagens do desenho, objeto e performance. Seu trabalho mais conhecido é uma performance na qual o artista usa uma cabeça de capivara e perambula pela cidade. Tal hibridismo homem/animal está presente também na maioria de seus desenhos e objetos.
Atento ao cotidiano que lhe cerca, Efe Gogoy captura uma série de elementos que lhe chamam a atenção e, como uma mágica do acaso – como ele mesmo se refere a esses encontros – tais elememtos vão tomando lugar na sua obra. Desta maneira, cabeças de animais, troncos de árvores, plantas, roupas, brinquedos e objetos diversos vão compondo as obras/sonhos e esses sonhos vão se materializando pelo traço sensível do artista.
Efe Godoy parece construir aos poucos um infinito alfabeto particular em que coisas, seres e palavras vão tecendo uma espécie de cotidiano paralelo ao nosso. Esses novos...seres que vão surgindo, seja na superfície do papel, seja na profusão das performances parecem possuir vida própria e pertencer a uma outra dimensão espaço- temporal. É justamente aí que a obra ganha força: através do reconhecimento de algo que nos é familiar mas que, no entanto, nos parece estranho. Não é assim que se dá a ordem dos sonhos?
Entrada actualizada el el 08 abr de 2019
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